Comunidade Industrial, em Casimiro de Abreu, onde uma das facções criminosas alvos da operação atuava - Reprodução Google Maps
Comunidade Industrial, em Casimiro de Abreu, onde uma das facções criminosas alvos da operação atuavaReprodução Google Maps
Por O Dia

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), e a Polícia Civil realizam, na manhã desta quinta-feira, as Operações "Independente II" e "Vale do Indaiaçu", para cumprir 48 mandados judiciais de prisão e de busca e apreensão contra traficantes que atuam em Casimiro de Abreu, interior do estado. 

A "Independente II" tem como objetivo cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra 15 integrantes de associação criminosa, ligada à facção ADA (Amigos dos Amigos). Já a operação "Vale do Indaiaçu" mira traficantes ligados ao Comando Vermelho (CV) e cumprir 32 mandados de prisão, assim como mandados de busca e apreensão nas residências de denunciados e também nos presídios onde alguns se encontram presos.

Segundo a primeira denúncia, o grupo criminoso vinculado à ADA foi estruturado com o objetivo principal de comercializar drogas na cidade de Casimiro de Abreu, em especial nas comunidades Industrial e Professor Souza. Entre março de 2016 e setembro de 2018, os denunciados, com uso de armas, praticavam outros crimes, entre eles homicídios, diretamente ligados à prática da venda de entorpecentes.

O chefe da quadrilha, Manoel Ramon da Cruz, vulgo "Nenel" ou "Patrão", financiava os gastos para a operacionalização, manutenção e ampliação do esquema criminoso, sendo ele responsável pela aquisição de drogas e armas, bem como o pagamento dos custos de logística e dos integrantes do grupo, segundo o MP. Mesmo preso desde 2015, ele continuou de dentro da cadeia a coordenar seu bando. "Patrão" foi condenado, em agosto de 2017, a mais de 62 anos de prisão.

Na segunda denúncia que resultou na Operação "Vale do Indaiaçu", há informações que, entre os anos de 2016 e 2018, nos bairros e comunidades conhecidos como Mataruna, BNH, Santa Ely, Perimetral, Casinhas, Parque Vale do Indaiaçu e Centro, os criminosos denunciados, ligados à facção criminosa CV, associaram-se para a prática do tráfico de drogas com outros 19 traficantes.

Os crimes de tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico (artigos 33 e 35 da Lei 11.343/06) preveem penas de reclusão de 5 a 15 anos e de 3 a 10 anos, respectivamente, além do pagamento de multa. Já aquele que colabora com o tráfico responde pelo delito do art. 37 da referida lei, que prevê pena de reclusão de dois a seis anos e pagamento de multa.

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