Rio - Policiais do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer) realizaram no início da manhã desta quinta-feira, mais uma ação para localizar passagens de nível abertas pelo tráfico ao longo da malha ferroviária. De acordo com as investigações do Serviço de Inteligência (P-2) do GPFer, os criminosos usam esses caminhos como rota de fuga durante incursões policiais nas comunidades que margeiam a linha férrea.
Em quase um mês, já foram detectadas aberturas em nove estações: Japeri, Pedreira, Queimados, Austinna Baixada Fluminense; Ricardo de Albuquerque, Triagem, Deodoro, Senador Camará e Jacaré, na Zona Norte, sendo as duas últimas as consideradas mais críticas.
As passagens clandestinas também passaram a ser usada pelos passageiros que se arriscam na travessia ilegal para não pagar a passagem do trem. De acordo com o GPFer, os episódios de atropelamentos tornaram-se frequentes.
"Começamos a fazer um levantamento dessas aberturas por conta do número de mortes provocadas por atropelamentos e acabamos nos deparando com a situação do tráfico de drogas", explicou o comandante do batalhão, major Wagner Marques, que tomou posse na unidade no último dia 17.
Na ação desta quinta-feira, os agentes estiveram na Favela do Triângulo, em Deodoro, na Zona Norte do Rio, controlada pela facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). No local, flagraram uma passagem aberta dando acesso à linha férrea e servindo como boca-de-fumo.
Ao notar a aproximação das equipes, um criminoso que estava com um radiotransmissor na entrada da favela para avisar aos bandidos sobre a presença da polícia, correu e conseguiu escapar.
"Não temos o trabalho voltado para a repressão ao tráfico, mas acaba sendo consequência", revelou o oficial. Segundo ele, em três semanas 13 acusados de envolvimento com o tráfico de drogas foram presos e duas armas e dois simulacros apreendido. O número já ultrapassa o total de prisões e apreensões de todo ano passado.
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