Robô é semelhante aos do Hospital Albert Einstein, de São PauloDivulgação
Por O Dia
Publicado 14/02/2019 17:12 | Atualizado 16/06/2019 20:52

Rio - O Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), inaugurou, nesta quinta-feira, o Programa de Cirurgia Robótica. Segundo o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Leonardo Rodrigues, que participou da inauguração junto com o Secretário Estadual de Saúde, do diretor do hospital, do reitor da universidade e do chefe de Urologia da instituição, foram gastos R$ 16 milhões na implementação do serviço. No Rio, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) dispõe do robô Da Vinci desde março de 2012, tornando-se o primeiro hospital de toda a rede SUS a realizar cirurgias robóticas.

Além disso, os novos equipamentos possibilitarão um maior fluxo de leitos para o hospital devido à maior rapidez dos procedimentos. A afirmação foi do Secretário Estadual de Saúde e ex-diretor do Hupe. "Portanto, mais atendimento em um procedimento melhor e mais moderno", explicou. Ainda segundo ele, o início das cirurgias de alta complexidade na unidade seria mais uma etapa com o objetivo de atender pacientes de forma mais humanizada e moderna.

O equipamento, robô modelo Da Vinci XI, pode ser utilizado nas áreas de urologia, cirurgia geral, cirurgia torácica e ginecológica. De acordo com o Hospital, o objetivo é proporcionar tratamento de ponta aos pacientes do SUS. O programa visa a produção de conhecimentos científicos para treinar e formar profissionais especializados. Durante a cirurgia, um robô é controlado pelo médico, que garante a precisão, durante o procedimento. Monitores acoplados ao sistema possibilitam a visão da operação por toda a equipe médica - o que permite a participação do cirurgião-auxiliar no procedimento.

Além disso, segundo o chefe da área de urologia do hospital universitário e coordenador do projeto, o robô terá a capacidade de fazer duas cirurgias por dia. "A cirurgia em si é rápida mas a colocação e preparação do paciente, assim como a reesterilização do material são ações demoradas. O Albert Eisntein, em São Paulo, tem 3 robôs semelhantes a esse e faz 4 cirurgias, no máximo, por dia. Aqui no Rio, o Copa Star e Samaritano, cada um deles, também tem um robô igual ao nosso e faz duas cirurgias por dia", explicou Ronaldo Damião.

Para Rodrigues, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, o estado vive um momento histórico. "Para além dos benefícios para os pacientes, é importante deixar registrado o esforço que Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação fez, por meio da FAPERJ, para conseguir efetivar o investimento necessário para a implementação do serviço. Essa ação é a demonstração do Estado dando a devida importância para a saúde pública do cidadão fluminense", destacou o secretário em referência ao total gasto.

Para o reitor da Uerj, Ruy Garcia, a aquisição do robô marca a retomada da normalidade da universidade. "É uma grande alegria ver a retomada da inovação tecnológica, sobretudo depois da grave crise por que passamos em 2016 e 2017", lembrou. O diretor Carlos Virgini enfatizou que se trata de mais uma etapa da recuperação do parque tecnológico do hospital. "O robô traz para o hospital tecnologia, aumento do movimento cirúrgico e cirurgia de alta complexidade, que é o papel principal do hospital dentro da rede de saúde", destacou.

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