Policial acompanha imagens das câmeras em ruas de Copacabana - Luciano Belford
Policial acompanha imagens das câmeras em ruas de CopacabanaLuciano Belford
Por Adriano Araújo e Antonio Puga

Rio - Começaram a operar, na manhã desta sexta-feira, as 28 câmeras de segurança com tecnologia de reconhecimento facial de criminoso e de placa de veículos roubados, instaladas em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O projeto-piloto teve início às 8h e funcionará até o dia 11, com o sistema integrado ao banco de dados do Detran e da Polícia Civil, este último uma integração inédita. O sistema também faz a checagem das placas de veículos e pode reconhecer aqueles que constem como roubados. Todas as imagens coletadas no bairro da Zona Sul são enviados para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova.

Segundo o coronel Mauro Fliess, porta-voz da Polícia Militar, o sistema, que vai funcionar até o dia 11 de março, trabalha com o banco de dados da Polícia Civil e do Detran. E o reconhecimento facial exige, além da câmera, um software que analisa pontos como os olhos e a distância entre eles, a boca, o comprimento do nariz, queixo, bochechas, formato da face e até mesmo o tamanho do crânio. Com base em cálculos e algoritmos, o sistema monta um quebra-cabeça que permite a identificação.

"É um projeto inédito e a escolha de Copacabana levou em conta o grande fluxo de turistas e cariocas que vão ao bairro para aproveitar o Carnaval. Para a instalação das câmeras foram feitas consultas aos comandantes do 19º Batalhão (Copacabana) e das UPPs, que definiram os pontos estratégicos para a colocação dos equipamentos", explicou o coronel.

Conforme Fliess, o projeto tem custo zero para o Governo do Estado e foi desenvolvido pela empresa de telefonia Oi, que atende o sistema de comunicação da Polícia Militar, inclusive o 190. Ainda de acordo com o porta-voz da PM, o programa funciona 24 horas. Caso uma das câmeras identifique um foragido da Justiça, é emitido um sinal e, imediatamente, os policiais militares são acionados para a abordagem e efetuar a prisão.

"A importância do projeto é o de contribuir na segurança daqueles que irão brincar o Carnaval em Copacabana. Quando terminar, faremos uma avaliação dos resultados. É importante deixar claro que não existe, no momento, a possibilidade da instalação de câmeras em outros bairros. Mesmo porque seria preciso abrir um processo licitatório para a escolha da empresa", informou Fliess.

Prós e contras

O antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares criticou a adoção do equipamento. "Não sei se é uma boa ideia ter implementado essa tecnologia quando convivemos com tantos problemas, além do sistema poder cometer erros", avalia.

Já o gerente do quiosque Cabanna, Paulo Vanzillotta, acredita que as câmeras poderão dar mais segurança para a população e os comerciantes do bairro. "Acho válida a iniciativa da PM por contribuir para a segurança e retirar das ruas pessoas que poderiam praticar alguma violência", opinou.

 

 

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