Luz de velas, alimentos estragados, calor e atendimento precário da Light: realidade em diferentes bairros é comum a anônimos e famosos - Luciano Belford/Agência O Dia
Luz de velas, alimentos estragados, calor e atendimento precário da Light: realidade em diferentes bairros é comum a anônimos e famososLuciano Belford/Agência O Dia
Por Beatriz Perez e Luiz Portilho

Um bate-boca virtual no Twitter virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais e mostrou que até os famosos sofrem com problema de fornecimento de energia elétrica no Rio. Nesta semana, os internautas acompanharam uma discussão entre Giovanna Antonelli e o perfil da Light. A atriz disse ter esperado três semanas para receber atendimento. A concessionária retrucou e respondeu, afirmando ter estado quatro vezes na residência da global num intervalo de uma semana para resolver um problema interno. Esse tipo de dificuldade é compartilhado por outros cariocas.

A pedagoga Ivete Aquino, de 48 anos, diz ter ficado cinco dias sem luz no Grajaú, Zona Norte, depois do temporal que atingiu a cidade no dia 17 de fevereiro. "Sempre que chove, falta luz e a Light demora dias pra consertar. Falam que a equipe está chegando. Assim, passaram cinco dias. Perdemos as comidas da geladeira e passamos mal com o calor, ingerindo água quente", reclama.

CERCO A CARRO DA LIGHT

Segundo Ivete, o problema só foi resolvido depois que seu irmão e outros vizinhos cercaram um carro da concessionária que estava na Grajaú-Jacarepaguá, consertando danos causados por árvores que caíram com o temporal. "Explicamos que temos vizinho idoso, deficiente visual e especial", lembra. Uma chave de luz estava desligada; o problema foi resolvido rapidamente. "Estamos com a conta em dia. Não tem que ser assim: precisar parar um carro para ter os nossos direitos atendidos".

O social media Daniel Guimarães, 31 anos, também tem más lembranças do atendimento da empresa. Ele mora na Taquara, na Zona Oeste, e sofre com quedas de energia quando chove. Na tempestade de 15 de fevereiro, ele diz ter ficado 32 horas sem energia. Apesar de dizer que era emergência, ele conta que abriu dezenas de chamados e ficou dois dias sem dormir enquanto aguardava atendimento.

"Os protocolos basicamente não servem para nada. As minhas experiências com a Light são as piores possíveis. Quando chove, a energia elétrica cai e entramos em desespero", relata. Ele ressalta que a falta de energia também preocupa pelos danos que pode provocar em aparelhos eletrônicos. "Tenho vizinho que precisa de aparelhos que ajudam na respiração. Temos que comprar gelo para armazenar alimentos que estão estragando no refrigerador. Ela (Giovanna Antonelli) levou cerca de três semanas para obter algum retorno. Imagina nós, meros mortais, que não temos milhares de seguidores nas redes sociais?", questiona Daniel.

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