Vendedor ambulante presta solidariedade à família do jovem Kauan Ramiro Antonio, 14 anos, vitima de bala perdida em guerra de bate-bolas em Marechal Hermes - Reginaldo Pimenta
Vendedor ambulante presta solidariedade à família do jovem Kauan Ramiro Antonio, 14 anos, vitima de bala perdida em guerra de bate-bolas em Marechal HermesReginaldo Pimenta
Por Bernardo Costa

Rio - Roberto Saleme, de 41 anos, é vendedor de mate e trabalha com o padrasto de Kauan Ramiro Antônio na Praia de Ipanema. Ele conhecia o garoto e foi ao IML, na tarde desta terça-feira, prestar solidariedade à família. Kauan foi morto com um tiro na cabeça durante briga entre turmas de bate-bola, na noite de domingo, em Marechal Hermes.

Ao falar de Kauan, o vendedor de mate Roberto Saleme não consegue conter o choro. "Todo mundo adorava o Kauan na praia. Rico, pobre, catador, empresário... Todos gostavam dele. Quem fez isso com o Kauan tem q ser preso", desabafou Roberto.

 

Kauan Ramiro Antônio, de 14 anos, morto em tiroteio entre bate-bolas, vendia mate na praia e sonhava em ser jogador de futebol - Arquivo Pessoal

Nos fins de semana, Kauan também vendia mate na praia. Foi com essa renda que ele comprou a chuteira para fazer teste no Flamengo, em abril, e o uniforme da turma Eternidade, que participou do Carnaval em Marechal Hermes no domingo à noite, quando houve a tragédia.

Kauan era apaixonado por futebol - Arquivo Pessoal

"O padrasto dele dava o barrilzinho menor de mate para ele trabalhar. Apesar da pouca idade, o garoto estava na luta como a gente. Somos pessoas de boa índole. Não merecíamos passar por isso", disse Roberto.

Kauan tirou foto com o ídolo Marcelo

Kauan era fã do lateral-esquerdo Marcelo, craque do Real Madrid e da seleção brasileira. No fim do ano passado, ele teve a oportunidade de encontrar o seu ídolo nas areias da Praia de Ipanema, na Zona Sul, onde trabalhava como vendedor de mate.

Kauan, morto em tiroteio de bate-bolas, era fã do lateral Marcelo, do Real Madrid e seleção brasileira, e tirou foto com ídolo na praia - Arquivo Pessoal

"O Kauan ficou muito feliz. Ele também queria chegar lá aonde o Marcelo chegou. E estava no caminho. Meu sobrinho tinha o dom para a futebol", comentou o vendedor Carlos Nobre, de 34 anos, tio de Kauan.

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