O deputado estadual Rodrigo Amorim quebrou a placa de Marielle na campanha ao lado do deputado federal Daniel Silveira. Os dois são do PSL  - Reprodução Twitter
O deputado estadual Rodrigo Amorim quebrou a placa de Marielle na campanha ao lado do deputado federal Daniel Silveira. Os dois são do PSL Reprodução Twitter
Por Maria Luisa de Melo

Rio - Depois de criticar duramente o enredo escolhido pela Estação Primeira de Mangueira, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), que quebrou a placa criada em homenagem à vereadora durante um evento de campanha no ano passado, disse que comemorou o título da Verde e Rosa.

Rodrigo se diz mangueirense de longa data. Mas, no último domingo, durante o desfile da agremiação na Marquês de Sapucaí, ele criticou o enredo do carnavalesco Leandro Vieira. A escola venceu a disputa com um desfile que homenageou os heróis esquecidos da História do Brasil. Exaltou personagens negros, índios e pobres. A vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado, foi uma das homenageadas.

"Fiquei feliz com o resultado porque a escola é muito maior do que esse enredo. Estamos falando da Mangueira de Cartola, Jamelão, Mussum. A Mangueira está acima de qualquer enredo 'lacrador'. A esquerda gosta desse tipo de termo e esse enredo foi mais uma demonstração de dominação cultural desse grupo", disse.  

As críticas feitas à agremiação no último domingo renderam a Rodrigo respostas de diversos integrantes da agremiação. A cantora Alcione chamou Rodrigo de "safado sem noção". Carnavalesco da Verde e Rosa, Leandro Vieira rebateu as críticas de que o enredo seria doutrinação e ditadura da esquerda. O carnavalesco ressaltou ainda que ditadura cultural é impor a supremacia das versões históricas onde índios, negros e pobres ocupam lugares subalternos. 

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