Motorista do ônibus chamou policiais que estavam em patrulhamento  - Estefan Radovicz / Agência O Dia
Motorista do ônibus chamou policiais que estavam em patrulhamento Estefan Radovicz / Agência O Dia
Por Adriano Araujo e Rafael Nascimento

Rio - Um homem surtou e atacou passageiros que estavam dentro do ônibus da linha 342 (Castelo-Jardim América), na manhã desta sexta-feira. Uma mulher de 21 anos que seguia para o trabalho acabou sendo mordida na perna durante o ataque, ocorrido quando o veículo passava na Avenida Francisco Bicalho. 

"Ele primeiro foi num cara que estava na frente, mas como o cara tinha força, ele viu que não conseguia e  largou. De repente ele pegou meu pescoço e me mordeu na perna. Conseguiram tirar ele em cima de mim e a polícia chegou", disse, aos prantos, a auxiliar de arquivo Bruna Fernandes.

O homem, ainda não identificado, pulou a roleta do ônibus e pedia coisas para os passageiros antes de ter o surto. "Eu embarquei na Rua Bela (São Cristóvão) e ele já estava sentado, por volta das 8h. Ele estava pedindo água, íamos comprar água para ele, mas do nada ele pulou a roleta", contou. 

Policiais do 4º BPM (São Cristóvão), que faziam patrulhamento na via, foram chamados pelo motorista do ônibus e conseguiram prender o homem. O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão), mas a Polícia Civil ainda não deu detalhes da ocorrência. Os passageiros tiveram que seguir viagem em outros ônibus, pois o veículo ficou parado após o ataque na estação da Leopoldina.

Motorista de ônibus foi atacado a tiros por homem que fez refém na Cidade Nova

Trabalhando há sete anos como motorista, Oscarito Rodrigues Chaves nunca foi assaltado durante o serviço, mas em menos de uma semana viveu um turbilhão de acontecimentos violentos. Era ele que, na Quarta-Feira de Cinzas, conduzia o ônibus que foi atacado a tiros por Paulo Henrique de Souza, que fez refém e ameaçava se matar na Cidade Nova.  

"Estava na Presidente Vargas e tinham duas pessoas atravessando a pista. Eu diminuiu a velocidade e ele já veio atirando no ônibus, na hora abaixei. Consegui sair correndo pela avenida. Ele entrou e assumiu a direção, mas não conseguiu sair com o ônibus. Nisso veio uma viatura e ele já saiu com a arma apontando para a cabeça dele. Os policiais foram atrás dele e deu no que deu. Eu peguei o ônibus e segui viagem", conta, mais uma vez aliviado. "Nunca fui assaltado, mas é a segunda situação que passo em menos de uma semana".

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