Davi Ricardo Moreira Amâncio foi filmado dando um mata-leão em Pedro Henrique de Oliveira Gonzaga - Reprodução / Internet
Davi Ricardo Moreira Amâncio foi filmado dando um mata-leão em Pedro Henrique de Oliveira GonzagaReprodução / Internet
Por O Dia

Rio - O segurança do hipermercado Extra, Davi Amâncio, acusado da morte de um jovem após imobilizá-lo com um mata-leão, será indiciado pelo crime de homicídio qualificado por asfixia, podendo chegar à pena de até 30 anos de prisão, segundo conclusão de investigação da Divisão de Homicídios.

O outro segurança presente no hipermercado, Edmilson Félix, também será indiciado pelo crime. Segundo a delegada Cristiane Carvalho de Almeida, Edmilson "demonstrou claramente que poderia ter agido naquela situação". Mas, segundo testemunhas, ele "estava mais preocupado em proibir que as pessoas filmassem o que estava acontecendo do que com a vida da vítima".

Sete minutos

A investigação concluiu que o segurança Davi ficou sete minutos em cima da vítima, Pedro Henrique, e assumiu o risco de matá-lo. A partir da análise de um vídeo de um minuto e meio, constatou-se que o segurança foi alertado 11 vezes sobre a gravidade da situação, mas respondeu com uma frase: "Cala a boca, eu é que sei".

A delegada atentou para o fato de que, no final da imobilização, Davi virou-se para a mãe da vítima e disparou: "Agora levanta as pernas dele". Em seguida, saiu de perto e não prestou nenhum tipo de socorro. Cristiane lembrou ainda que os seguranças recebem treinamento para primeiros socorros e gerenciamento de crise.

Davi Amâncio e Edmilson Félix respondem o processo em liberdade, mas a delegada afirmou que entraria com uma representação, ainda ontem, para que a liberdade fosse condicionada. Ela pede a proibição de contato com testemunhas, de retornar ao hipermercado Extra e de voltar a trabalhar sem passar por uma nova avaliação psicológica.

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