Manifestação foi feito em frente ao Palácio Guanabara -  Divulgação / Rio da Paz
Manifestação foi feito em frente ao Palácio Guanabara Divulgação / Rio da Paz
Por O Dia

Rio - Familiares da adolescente Maria Eduarda, morta em 2017 vítima de bala perdida, realizaram, na manhã desta quarta-feira, uma manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. A jovem morreu aos 13 anos de idade no dia 30 de março de 2017, após ser atingida por uma bala perdida durante uma ação da PM, quando estava dentro da Escola Municipal Jornalista Escritor Daniel Piza, em Acari, na Zona Norte.

O protesto foi organizado pela ONG Rio de Paz e cobrou do governo estadual o pagamento de indenização à família da estudante. Além dos familiares da jovem também estiveram presentes alunos da escola onde aconteceu o caso, além de parentes de outras crianças também mortas por bala perdida no Rio.

Maria Eduarda estava dentro da escola quando foi atingida - Arquivo Pessoal

Os manifestantes estavam com pertences de Maria Eduarda e uma bandeira do Brasil com 54 furos, que simbolizou as 54 crianças (0 a 14 anos) mortas por bala perdida no Rio de 2007 a 2019.

"A face mais hedionda da criminalidade é a morte de crianças vítimas de bala perdida. O governo do estado tem a obrigação de evitar que essas mortes se repitam, fazer justiça a essas famílias enlutadas e dar resposta a uma sociedade cansada de ver a interrupção da vida de tantos inocentes", defendeu Antônio Carlos Costa, presidente e fundador da ONG Rio de Paz.

De acordo com Antônio Carlos, o secretário estadual da Casa Civil e Governança, José Luís Cardoso Zamith, a pedido do governador Wilson Witzel, disse aos manifestantes que Witzel prometeu receber a família da jovem. O secretário também pediu para que o grupo encaminhasse as reivindicações por escrito.

Em nota nesta tarde, o secretário de Estado da Casa Civil e Governança, José Luís Zamith, recebeu hoje os pais da menina Maria Eduarda e representante da ONG Rio de Paz. No encontro, Zamith solicitou que a família da jovem faça uma pauta com suas reivindicações, para que seja agendada uma audiência, e reiterou que o Governo do Rio de Janeiro está sempre aberto ao diálogo.

 

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