Rolos de fumaça intoxicaram trabalhadores e assustaram moradores de Volta Redonda - Reprodução de vídeo
Rolos de fumaça intoxicaram trabalhadores e assustaram moradores de Volta RedondaReprodução de vídeo
Por FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Dois funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) , em Volta Redonda, no Sul do estado,  continuam internados no Hospital das Clínicas (antigo Vita), no Sul do estado, em virtude de explosão ocorrida na Aciaria da Usina Presidente Vargas (UPV), no final da tarde deste sábado. Ao todo, sete operários foram levado para a unidade. Em nota de apenas uma linha, a assessoria de imprensa da CSN garantiu que ambos, que não tiveram nomes revelados, "passam bem e devem receber alta entre este domingo e amanhã".

A Aciaria é o setor onde o ferro gusa é transformado em aço. Uma forte explosão, seguida de densos rolos de fumaça escura, assustou moradores em diversos pontos da cidade. De acordo com nota enviada pela empresa à imprensa local após o corrido, uma "reação química" no conversor B da Aciaria da Usina Presidente Vargas (UPV), causou o que chamou de "incidente". Os outros cinco colaboradores, já liberados, além dos dois que seguem internados, com os mesmos sintomas, segundo o texto, teriam "inalado fumaça e material particulado (que a empresa não especificou que tipo de material), por conta de deslocamento de ar, acompanhado por emissões fugitivas, que duraram poucos minutos".

A CSN garantiu ainda ter informado o episódio aos órgãos competentes e que já iniciou a investigação das causas. Conforme o DIA vem publicando desde o ano passado, sindicalistas da Oposição Metalúrgica reivindicam, desde 2017, que os órgãos de fiscalização e prevenção de acidentes, além de agentes da Justiça e de defesa do Meio Ambiente, passem a acompanhar mais de perto as operações da CSN. A intenção, segundo eles, é prevenir ocorrências de mortes e acidentes que, segundo registros, vêm se repetindo com mais frequência no interior usina, principalmente a partir de 2015.

Outras três explosões em acidentes semelhantes ocorreram em menos de um ano na CSN - uma delas provocada por falha mecânica em um dos quatro regeneradores do Alto-Forno 3 -, num espaço de menos de 20 dias de outra -, também levaram pânico aos trabalhadores e moradores. Na mais grave, em agosto do ano passado, curto circuito em um transformador causou a morte do metalúrgico Daniel Silvério Bragança, 34 anos. Ele teve 85% do corpo queimado e não resistiu aos ferimentos dias depois.

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