Juiz Marcelo BretasFernando Frazão/Arquivo
Por Agência Brasil
Publicado 20/03/2019 11:27

Rio - A Polícia Federal prendeu preventivamente na manhã desta quarta-feira, na capital paulista, o doleiro Sérgio Guaraciaba Martins Reinas, acusado de envolvimento em esquema de desvio de dinheiro com o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. O detido chegou às 9h30 na sede da Polícia Federal em São Paulo carregando uma mala. Policiais também chegaram com malotes das apreensões realizadas nesta quarta-feira.

Guaraciaba é suspeito de auxiliar Cabral no envio de dinheiro desviado para o exterior. Além dele, a polícia busca Nissim Chreim e Thania Nazli Battat Chreim para cumprimento da ordem de prisão preventiva, e Jonathan Chahoud, que teve determinada a prisão temporária.

Em outra frente, o Ministério Público Federal (MPF) ofereceu nova denúncia à Justiça contra o ex-governador Sérgio Cabral. É a 29ª vez que Cabral é denunciado por causa de suspeita de envolvimento com um esquema de corrupção enquanto governava o Rio.

A ordem partiu do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, no âmbito da Operação Câmbio Desligo. As investigações apuram a ação da organização criminosa, responsável por desvio milionário de dinheiro dos cofres públicos.  

Também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos quatro investigados, na cidade de São Paulo. As diligências foram pedidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF).

Segundo o MPF, eles são suspeitos de integrar um esquema de lavagem de dinheiro oriundo de um esquema de corrupção que, de acordo com as investigações, era liderado pelo ex-governador fluminense Sérgio Cabral.

A investigação dos alvos da operação desta quarta foi iniciada a partir das colaborações premiadas dos irmãos Marcelo e Renato Chebar.

De acordo com o MPF, Sergio Reinas é um doleiro suspeito de ter movimentado R$ 37 milhões no esquema de lavagem de ativos investigado pelo MPF, através da compra e venda de dólares e da utilização de sua conta para a troca de cheques e pagamento de boletos, de 2011 a 2014.

Outro doleiro, Nissim Chreim, teria movimentado 22 milhões de dólares de 2011 a 2016 através da compra de dólares no exterior, por meio de contas na Suíça, em nome de empresas offshores. Depois o dinheiro era depositado em contas no Brasil ou entregue em espécie ou em cheques aos outros participantes do esquema.

Thania Chreim é esposa de Nissim e, segundo o MPF, seria sócia de algumas empresas offshore registradas no Panamá, Suíça e Ilhas Virgens. Jonathan Chreim, filho de Nissim, manteria ativos os negócios do pai no Brasil depois da saída de Nissim do país em 2017.

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