No mês passado, por excesso de resíduos, quatro das cinco estações de tratamento foram fechadas, provocando fila na única aberta, em Santíssimo - Armando Paiva / Agência O Dia
No mês passado, por excesso de resíduos, quatro das cinco estações de tratamento foram fechadas, provocando fila na única aberta, em SantíssimoArmando Paiva / Agência O Dia
Por O Dia

O fechamento de quatro das cinco Estações de Tratamento de Resíduos (ETRs) do Rio, por excesso de lixo, aliado ao atraso no pagamento de R$ 72 milhões à empresa Ciclus Ambiental, responsável pelas operações nas unidades, geraram uma fila de caminhões da Comlurb na Av. Brasil, todos a espera de um destino para os detritos coletados ontem. O flagra feito pela reportagem do O DIA ocorreu em Santíssimo, na Zona Oeste. Havia cerca de 100 caminhões enfileirados ao longo de três quilômetros, afetando o trânsito na região.

A cena foi atribuída pela Comlurb à pausa no serviço. "Houve um pequeno intervalo de algumas horas de interrupção no transporte dos detritos, que ficaram acumulados nas Estações de Tratamento de Resíduos (ETRs), e seguiram normalmente para o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio), em Seropédica", informou a companhia, em nota.

Segundo a Comlurb, a situação já foi devidamente normalizada. "Ontem à noite foram pagos R$ 2,5 milhões. Hoje serão mais R$ 7,5 milhões e, na sexta, mais R$ 20 milhões", afirmou. A soma desses valores corresponde aos R$ 30 milhões que a prefeitura prometeu quitar à Ciclus para que os serviços sejam restabelecidos. A dívida total é de R$ 72.454.049, montante de três meses e meio de atraso nos repasses à concessionária.

Em setembro do ano passado, quando a dívida ainda era de R$ 61 milhões, a prefeitura renegociou na Justiça o pagamento dos atrasados. A solução foi dividir novamente as parcelas em valores menores, mas o acordo não foi cumprido.

No último dia 20, a prefeitura deixou de pagar mais uma parcela mensal de R$ 20 milhões. O item que mais impacta nas despesas da empresa é o óleo diesel usado para movimentar mais de cem carretas de lixo. O custo mensal com o combustível é superior a R$ 1,6 milhão.

As estações fechadas ficam em Jacarepaguá, Caju, Fazenda Botafogo e Santa Cruz. A única aberta até o momento, na qual os funcionários da Comlurb aguardavam para despejar o lixo, era a unidade de Seropédica.

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