Gabriele foi morta em casa - Reprodução / Internet
Gabriele foi morta em casaReprodução / Internet
Por Jenifer Alves*

Rio - Duas grávidas e seus bebês, ainda no útero, foram baleados em 24 horas no Rio. Uma delas, Gabriele Rodrigues foi executada na segunda-feira, e o bebê também não resistiu, apesar de socorridos para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste.

Já Inara Julio e filho dela estão internados do Hospital Ronaldo Gazzola, em Acari, na Zona Norte. Ela foi submetida a uma cesariana de emergência, mas a família não autorizou a unidade a passar o estado de saúde da mãe e do bebê.

Ambas esperavam meninos e estavam grávidas de oito meses.

Gabriele esperava o bebê que se chamaria Anthony - Reprodução / Internet

Parentes de Gabriele acusam um ex-companheiro dela do crime. Eles viveram quatro anos juntos. O caso aconteceu na Rua Nova Canaã, em Padre Miguel, por volta de 16h30 desta segunda-feira, onde a vítima morava. O bebê se chamaria Anthony. Pela rede social, a irmã de Gabriele, Yasmin Dias, fez um deabafo.

"Minha irmãzinha, não vou descansar enquanto a justiça não for feita. Só você sabe como estou tendo força pra levantar sem você aqui. Vocês foram tirados de mim da forma mais brutal, isso não vai ficar assim, porque eu vou correr atrás. Esse maldito não vai ficar desfrutando a vida. A dor que to sentindo não há remédio que alivie, isso não vai ficar impune minha irmã, não vai", publicou em uma rede social.

A Polícia Civil afirmou que já foi realizada a perícia no local e que as investigações estão em andamento a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DH/Capital).

Inara foi baleada no último domingo, na comunidade Terra Nostra, em Costa Barros, Zona Norte do Rio. Ela estaria no chá de bebê da criança quando foi atingida. Uma das três balas que feriu a mulher atingiu a cabeça do neném. 

 

Em 2017, Arthur também foi atingido no útero da mãe

Arthur Cosme de Melo, também foi baleado antes de nascer, em julho de 2017, na Favela do Lixão, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A mãe, Claudinéia dos Santos Melo, estava com 39 semanas de gestação quando foi baleada. O tiro atravessou o tórax da criança, que teve o pulmão coluna e uma das orelhas atingidos. Após um mês lutando pela vida no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Arthur morreu.

*Estagiária sob supervisão de Maria Inez Magalhães

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