Policiais civis estiveram na manhã desta segunda-feira na Associação de Moradores da Muzema - Rafael Nascimento / Agência O DIA
Policiais civis estiveram na manhã desta segunda-feira na Associação de Moradores da MuzemaRafael Nascimento / Agência O DIA
Por RAFAEL NASCIMENTO

Além de tentar encontrar o líder da associação de moradores da Muzema para intimá-lo a depor na 16ª DP (Barra da Tijuca), Marcelo Diniz, os investigadores da distrital estiveram na comunidade, na manhã desta segunda-feira, para localizar e pegar contatos de moradores que tiveram seus imóveis destruídos ou interditados. 

A delegada-titular da unidade, Adriana Belém, quer ouvir quem vive na região atingida pela chuva e desabamento. Entretanto, por medo da milícia, até agora, ninguém foi à delegacia para fazer o registro de ocorrência.

Polícia não encontrou o presidente da Associação de Moradores, Marcelo Diniz - Rafael Nascimento / Agência O DIA

O secretário de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, determinou que fosse feita uma força tarefa para investigar o que está acontecendo na Muzema. Agora, além da 16ª DP, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE) também investigará o caso. 

Adriana Belém e o delegado-titular da Draco, Gabriel Ferrando de Almeida, se reuniram na manhã desta segunda-feira.

“Eu ficarei com a responsabilidade de investigar o desabamento dos prédios, a mortes das vítimas e ouvir as testemunhas que sobreviveram. Já a Draco, irá investigar a milícia e suas atuações na região”, disse Adriana Belém. “Eu já intimei o presidente da associação para que ele preste depoimento. Estamos nas ruas à sua procura”, completou a delegada.

Quem recebeu a intimação de Diniz foi um funcionário da associação de moradores da Muzema.

Policiais avaliam que terão dificuldades no caso 

Na manhã desta segunda-feira, investigadores da 16ª DP estiveram na comunidade da Muzema para conversar e convidar um dos sobreviventes da tragédia à prestar depoimento na DP. A vítima se recusou a receber e conversar com os agentes temendo represália da milícia que atua na região.

“Hoje, todos estão aqui (bombeiros, guardas municipal, imprensa e etc). Amanhã, quando todos forem embora, a vida continua”, disse a pessoa aos agentes da Polícia Civil. Alguns policiais avaliam que terão dificuldades na investigação do caso.

 

 

 

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