Profissionais da educação se concentraram na Praça da Bíblia, antes de seguirem para sede do Executivo - Whatsapp O Dia
Profissionais da educação se concentraram na Praça da Bíblia, antes de seguirem para sede do ExecutivoWhatsapp O Dia
Por LUIZ PORTILHO

Rio - Cerca de 40 profissionais da educação de Mesquita, na Baixada Fluminense, ocuparam a sede da Prefeitura do município na manhã desta quarta-feira. Em meio à paralisação de 24 horas puxada pelo sindicato estadual da categoria (Sepe), contra a Reforma da Previdência, eles reivindicam uma pauta específica do município, como o reajuste de 15% nos salários, a convocação de concursados aprovados em 2016, a regularização do repasse da parte que cabe à Prefeitura na Previdência do município, a regularização do plano de carreira e a melhoria das condições de trabalho.

"Está todo mundo trabalhando em excesso. Inspetor assumindo a função de professor em sala de aula. Nas escolas, o teto cai, ventilador cai, as cadeiras estão quebradas. A empresa terceirizada responsável pela merenda não cumpre o cardápio. Onde eu trabalho, eles sempre servem arroz, feijão e ovo, quando prometem servir carne", disse Viviane Alexandra, diretora secretaria de funcionários do Sepe, que trabalha na Escola Municipal Rotariano Arthur Silva.

A concentração da manifestação ocorreu na Praça da Bíblia, às 9 horas. De lá, os manifestantes seguiram em passeata e adentraram o saguão da Prefeitura às 11h30. Eles foram levados para um auditório por volta das 14h, e ficaram por lá até as 16h. Nenhum representante da administração municipal, porém, os atendeu, segundo apurou O DIA

Questionada sobre o assunto, a Prefeitura de Mesquita afirmou que o prefeito Jorge Miranda receberá representantes do Sepe no dia 8 de maio, às 11h. Além disso, a Prefeitura respondeu que não tem dívidas com servidores nem com terceirizados e que está fazendo o levantamento para aplicar o plano de carreira aprovado pela Câmara de Vereadores em outubro do ano passado. O plano prevê 5% de aumento a cada cinco anos trabalhados e de 5% a cada nível de graduação cursado. 

"Esse plano aprovado ficou longe do que nós propusemos. Nossa ideia era aumentar em 12% o salário de quem concluir um mestrado, por exemplo. Nosso piso salarial de professor é de R$ 2.300,00", reclamou a diretora do Sepe Viviane Alexandra.

O governo municipal ainda reforçou que, quanto à merenda escolar, "a rede municipal segue um variado cardápio em 2019, conforme mostra o Portal de Transparência da Prefeitura de Mesquita". E, sobre o repasse da parte que lhe cabe ao fundo de previdência dos servidores, que segundo denúncia está atrasado desde janeiro de 2017, disse que "a Prefeitura tem repassado ao Sepe, desde o governo Jorge Miranda, tudo que é devido à entidade".  

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