Atletas profissionais e amadores participaram do campeonato de Crossfit. Joseano Batista (detalhe) - FOTOS Armando Paiva / Agência O Dia
Atletas profissionais e amadores participaram do campeonato de Crossfit. Joseano Batista (detalhe)FOTOS Armando Paiva / Agência O Dia
Por Nathalia Duarte

Rio - Muitos preferem passar o fim de semana de sol em uma praia, curtindo a boa e velha sombra e água fresca. Mas, outros preferiram trocar a areia pelas arquibancadas do Engenhão, o banho de mar por levantar pesos e passaram o sábado no Wod Social Games, a competição de Crossfit que aconteceu no Estádio Nilton Santos, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio.

O esporte, que a cada ano ganha mais adeptos, surpreende por exigir um determinado condicionamento físico dos atletas que participam de competições. Mas, de acordo com eles, não há restrições para se praticar o esporte. Joseano Batista, cadeirante há 24 anos e praticante do esporte há 11 meses, mostra que não existem barreiras para os atletas. 

"Sempre quis malhar, então eu sempre pratiquei esportes. Já fiz natação, jogo basquete... quando eu comecei a praticar o crossfit eu percebi uma mudança até na minha autoestima. Além disso, mudou também a minha visão do mundo, me deu mais força. Eu sou hipertenso, então eu tomava muitos remédios para controlar. Continuo tomando, mas, depois do Crossfit, a dosagem é bem menor. Melhorou a saúde de um modo geral. Só tem benefícios", explica o atleta.

Além de competir na categoria adaptada de sábado, neste domingo, Joseano também participa do Wod Social Games neste domingo. Não há cansaço nem dor muscular que pare o carioca, que indica o esporte para todos. 

"Alguns movimentos que os andantes fazem são adaptados aos cadeirantes, assim como outros exercícios são para quem tem outros tipos de deficiência. Como o esporte só me trouxe benefícios, eu recomendo o Crossfit a todos. Sejam pessoas com ou sem deficiência. Não tem desculpa. É um esporte super inclusivo", celebra Joseano.

Durante os dois dias de competição, diversos atletas passaram pelas pistas olímpicas do Engenhão. As etapas foram divididas em categorias, cada uma com suas especificações. Além do adaptado, terão também:  estreante (feminino quarteto e masculino quarteto), scaled (feminino trio e masculino trio), amador (feminino trio, masculino trio, feminino individual, masculino individual e misto dupla) e elite. 

Às 6 da manhã já tinham pessoas na porta do estádio, esperando para a competição que começava às 7h com os atletas amadores. O evento terminou somente às 19h30. E toda uma estrutura foi preparada para o público presente, com foodtrucks, DJ e lojas de materiais esportivos para os adeptos. 

Atletas renomados também foram convidados e farão uma participação especial na categoria Elite. Entre eles está Bruno Miranda, de 22 anos. O Macaense começou a treinar somente há três anos e já é um dos nomes de destaque do esporte. Tamanho destaque do atleta que ele já participou até de um reality show online dedicado ao Crossfit.

"Na minha primeira aula eu não me dei muito bem com o esporte. Depois, insisti e minha paixão começou. Hoje em dia minha vida é voltada para estudar e treinar. O Crossfit me mudou como pessoa e atleta. Graças a ele eu respeito todo o meu tempo de aprendizado, em qualquer área da vida, e respeito principalmente o meu corpo", explica Bruno.

Todos os atletas participantes ganharam uma medalha de participação. Para os vencedores, além do troféu de campeão, os prêmios variam entre R$ 200 e R$ 5 mil. Hoje, mais uma vez o Crossfit irá tomar conta do gramado do Engenhão, com novas competições do Wod Social Games.

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