A Polícia Civil está investigando a relação entre os presidentes das associações de moradores da Muzema, Marcelo Diniz Anastácio da Silva, e de Rio das Pedras, Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba, que está foragido desde janeiro. Além da 16ª DP (Barra da Tijuca), a Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE) estão investigando o desabamento dos prédios na Muzema.
A comunidade e Rio das Pedras, ambas da Zona Oeste, são comandadas pela milícia. Desde que houve o desabamento dos dois prédios na Muzema, moradores contam que Diniz não foi visto no local. Na manhã desta segunda-feira, ele foi intimado a depor na 16ª DP (Barra da Tijuca).
Beto bomba foi alvo da operação Os Intocáveis, em janeiro deste ano, que prendeu milicianos da Zona Oeste. Na ação do Ministério Público e da Polícia Civil prendeu o major Ronald Paulo Alves Pereira, apontado como líder da milícia da Muzema. Também foi pego o tenente reformado da PM Maurício Silva da Costa, o Maurição ou Velho, também apontado pelo MP, como uma das lideranças do bando. Outras três pessoas foram presas na mesma operação.
Diniz, ex-sargento da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, é de Rio das Pedras onde teria conhecido Beto Bomba. É nessa comunidade que a sede da associação da Muzema funcionaria. Na Muzema, toda obra seria acompanhada por Diniz ou integrantes da associação, como Claudio Rodrigues, que era vice-presidente da associação e que morreu no no desabamento. Fotos nas redes sociais mostram que o grupo usa até uniformes pretos e circula pelas ruas da comunidade ordens.
Beto Bomba integra a milícia de Rio das Pedras desde 2008, mas já tinha sido preso em 2009 e condenado, em 2013, por formação de quadrilha armada e lavagem de dinheiro. No entanto, respondia o processo em liberdade. Diniz e Beto Bomba aparecem juntos em diversos eventos desde 2013. Fotos nas redes sociais mostram a estreira relação entre os dois.
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