Rio - Os trabalhos de demolição de dois prédios no condomínio Figueiras do Itanhangá, na Muzema, na Zona Norte no Rio, foram iniciados nesta quarta-feira. As duas construções ficam ao lado dos dois edifícios que desabaram no último dia 12, deixando 24 mortos e sete feridos.
Duas pessoas permanecem internadas: Paloma Paes Leme, de 44 anos, e o filho dela, Rafael, de 4 anos, estão na UTI do Hospital Miguel Couto, na Gávea, com quadro clínico estável.
Segundo a prefeitura, as demolições serão feitas de forma manual pela Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva), com auxílio de máquinas para não abalar estruturalmente os prédios das imediações.
O trabalho deve durar 30 dias e está em avaliação a necessidade de contratar emergencialmente uma empresa para auxiliar na demolição, o que poderia acelerar o processo.
Buscas são encerradas
O Corpo de Bombeiros encontrou o corpo da última vítima nos escombros na madrugada de domingo, quando encerrou as buscas na região.
Na segunda, a Defesa Civil municipal fez uma nova vistoria no local da tragédia e emitiu laudo em que condena os prédios localizados nos lotes 93-A e 92, vizinhos ao desabamento. Eles apresentavam graves riscos estruturais.
A Defesa Civil vai analisar se os moradores do primeiro prédio a ser demolido, no total de quatro famílias, poderão entrar para retirar pertences, móveis e eletrodomésticos. Como o acesso ao prédio de oito andares está bloqueado por escombros, a Seconserva fará um acesso por um dos apartamentos do primeiro andar.
A Polícia Militar foi acionada para apoiar a ação e a Guarda Municipal estará com 30 agentes no local, para auxiliar no isolamento da área e no controle do trânsito.
A Secretaria Municipal de Urbanismo aumentou a fiscalização na região e elabora atos administrativos para dar suporte às ações da prefeitura. Já foram abertos 33 processos novos de notificação no condomínio, com a identificação individual das construções irregulares.
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