Paulo Barros deixou a Viradouro e pode retornar à Tijuca - Daniel Castelo Branco
Paulo Barros deixou a Viradouro e pode retornar à TijucaDaniel Castelo Branco
Por LUIZ PORTILHO
Rio - O universo do Carnaval carioca está em polvorosa. Uma postagem da Unidos da Tijuca no Twitter, na última terça-feira, deu sinais de que a escola do Borel não esqueceu o antigo 'affair' com o carnavalesco Paulo Barros, recém-demitido da niteroiense Viradouro. Se a retomada do namoro vai vingar ou não, ainda é segredo, mas uma coisa é certa: o flerte comprova o poder de sedução do bairro da Zona Norte, que os moradores, sempre orgulhosos, não cansam de exaltar. Afinal, o 'mago da Sapucaí' e a Azul e Amarela estiveram juntos de 2004 a 2006 e de 2010 a 2014. Entre idas e vindas, o 'casal' já foi coroado com três títulos. Será que é possível resistir aos encantos de um amor tijucano?
O ator Eri Johnson, que viveu na Tijuca dos 11 até pouco mais de 30 anos, sabe que o morador do bairro tem uma característica especial que o torna mais acessível às pessoas. "Você encontra um pai com o filho, a esposa, o amigo. Eu acho isso o maior barato", destaca, acrescentando que a volta de Paulo Barros será importante para o bairro e o Carnaval. "O Paulo Barros, para onde ele for, engrandece. Se ele voltar para a Tijuca, sem dúvida nenhuma será importante para o bairro e para o Carnaval. O mais importante disso tudo, porém, é o Salgueiro ganhar no final", brinca o ator, que é torcedor da Vermelha e Branca, outro orgulho tijucano.
Publicidade
O autônomo Carlos Eduardo Tranjam, 37 anos, acredita que o amor do morador pelo bairro é o grande diferencial para tornar a Tijuca tão sedutora: "O tijucano tem uma receptividade muito grande, sabe receber muito bem as pessoas. O orgulho que ele tem do bairro causa isso, o que acaba cativando as pessoas".
A jornalista Flavia Ribeiro, 32 anos, tem visão semelhante. Para ela, a Tijuca é como se fosse uma grande família, que está sempre aberta para receber pessoas de outros lugares. "É um bairro de pessoas acolhedoras, que gostam e têm amor pelo lugar onde vivem, mais do que as pessoas de outros bairros do Rio. Chega lá fora e fala: 'Eu sou tijucano'. Não fala nem que é carioca, fala que é tijucano. Chegar aqui é como chegar em casa. Você sempre quer voltar", opina.
Publicidade
O analista de sistemas Carlos Felipe Ribeiro, 34 anos, faz uma comparação com outra região da cidade para mostrar o que, para ele, faz acelerar o coração dos apaixonados tijucanos: "Eu trabalho na Barra e acho que o extremo entre os dois bairros é ver as pessoas na rua. Na Tijuca, elas transitam muito pelas ruas. Há muito comércio e anda-se a pé."
 
Publicidade