De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, em 2019, até 3 de junho, foram registrados 66 casos autóctones de febre amarela silvestre no estado e 12 deles evoluíram para morte - Luciano Belford / Ag
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, em 2019, até 3 de junho, foram registrados 66 casos autóctones de febre amarela silvestre no estado e 12 deles evoluíram para morteLuciano Belford / Ag
Por RENAN SCHUINDT
Rio - Menos da metade da população fluminense está imunizada contra a gripe. Em todo o Estado do Rio, apenas 46,50% do público-alvo buscou uma unidade de saúde para receber a vacina, importante na prevenção de três vírus da influenza: H1N1, H3N2 e influenza B. Para aumentar a adesão a Secretaria de Estado de Saúde (SES) promove hoje, na Central do Brasil, uma ação para a aplicação das doses. A vacinação ocorre de 9h às 11h. Até o momento, o Rio vacinou 2,3 milhão de pessoas. A meta é imunizar 4,8 milhões de pessoas e alcançar 90% do público-alvo.
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A vacinação foi aberta no dia 10 de abril e tem o seu término previsto para 31 de maio. Em todo o estado são mais de 1,8 mil postos, todos aptos a fornecerem a dosagem. “Vacinar é uma ação de cidadania, de reflexão e de consciência que vai muito além da proteção individual. A vacina reduz a incidência da gripe em indivíduos, além de contribuir para que grupos maiores não sejam infectados”, afirma Alexandre Chieppe, médico da SES.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em todo o país, cerca de 63,4% do público-alvo se vacinou, um total de 37,7 milhões de pessoas. Amazonas, Amapá e Espírito Santo seguem como os estados que mais tiveram participação na campanha. Este ano, foram registrados 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em todo o país, com 144 mortes. Até o momento, o subtipo predominante no país é o vírus influenza A (H1N1), com registro de 407 casos e 86 óbitos
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Na capital, a meta da prefeitura é vacinar 1,9 milhão de pessoas, entre idosos, crianças de seis meses a 6 anos incompletos, gestantes, trabalhadores de saúde, portadores de doenças crônicas e professores da rede regular de ensino, além de funcionários do sistema prisional, pessoa privadas de liberdade e profissionais da força de segurança e salvamento como bombeiros e policiais. Segundo a prefeitura, até o momento, 50,5% da população carioca foi vacinada. Interessados em receber a dose devem se dirigir a uma das unidades de Atenção Primária, de segunda a sexta, de 8h às 17h.

Portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
De acordo com o infectologista e gerente médico de vacinas da GSK, Jessé Alves, a vacinação é a forma mais efetiva para se proteger contra o vírus. “Muitas pessoas acham que a vacina causa algum malefício. Isso não é verdade. Não há qualquer estudo que ateste esses mitos. O que acontece em alguns casos é que a pessoa toma a vacina e pode sofrer reações locais, como dor, inchaço, mal-estar e até mesmo febre”, afirma.
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Risco de morte
Ainda de acordo com o infectologista, a vacina só começa a fazer efeito em duas semanas e a falta dela pode trazer complicações em decorrência da gripe, principalmente para o público mais vulnerável. “Em alguns grupos específicos, como idosos e gestantes, pode haver quadros graves de pneumonia e levar à morte”, diz. Na visão do especialista, a baixa adesão à campanha pode estar ligada ao baixo número de casos considerados mais graves. “Tivemos uma queda no número de infecções nos últimos anos Isso leva a população a diminuir os cuidados. É preciso atenção, pois ainda estamos na temporada da gripe. O vírus continua circulando”, finaliza.