Jennefer Tifany  - Reprodução redes socias
Jennefer Tifany Reprodução redes socias
Por O Dia
Rio - O ex-companheiro de uma jovem desaparecida há oitos anos e o irmão dele, um policial militar, foram presos, nesta quinta-feira, suspeitos de ocultar o corpo de Jennefer Tifany Vei­ga Pires em Rio das Ostras, na Região dos Lagos. De acordo com a Polícia Civil, a mulher foi vista pela última vez em 2011.
Steve Jonathan Lopes Barbosa e o policial Erik Johnson Lopes Barbosa foram presos em cumprimento do mandado de prisão temporária pelo crime de homicídio qualificado.
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Segundo Ronaldo Cavalcante, delegado titular da 128ª DP (Rio das Ostras) e responsável pelas investigações, a família da vítima desconfiou que algo poderia ter acontecido com ela ao ver que o então companheiro postou uma foto nas redes sociais anunciando um novo relacionamento, em 2014. 
Os pais da jovem não tinham contato com a filha, então com 15 anos, desde 2009. "Eles não aceitavam o relacionamento e tiveram alguns embates. Entre 2009 e 2011, a menina teve dois filhos. Após o Steve anunciar o novo casamento, os pais dele entraram com o pedido de guarda. A família de Jennefer achou o episódio estranho e entrou em contato para saber onde a filha estava", conta o delegado. 
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Ainda de acordo com o delegado, a família de Steve dizia que ela estava viajando num dia, em outro que ela não queria os pais, até que alegaram que a jovem havia ido embora e abandonado as crianças. Os pais dela registraram o caso como desaparecimento. Algumas pessoas foram ouvidas, mas a investigação não avançou.
Cartaz de desaparecida de Jennefer Tifany - Divulgação
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No entanto, em 2017, o caso mudou com o depoimento de uma testemunha ao delegado da distrital.  revelou que os dois entraram todos ensaguentados na casa dela e pediu para guardar uma camiseta suja de sangue. "Essa pessoa revelou que os dois entraram ensaguentados na sua casa e pediram para ela guardar uma camiseta suja de sangue", diz Cavalcante.
A testemunha disse que a jovem foi esquartejada e jogada no rio daquele município. Ela narrou também que as roupas usadas por Jennefer foram guardadas numa geladeira velha.
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O delegado foi transferido durante dois anos e nesse período depoimentos foram colhidos. "Quando voltei para a distrital neste ano avancei nas investigações. Achei que tinha elementos suficientes para indiciar os dois por homicídio", afirma. 
O relato da testemunha ainda não está provado nos autos, segundo o delegado, porque o corpo não foi encontrado. "Acredito que avançaremos agora nas investigações com os os dois presos, já que as pessoas tinham medo de contar suas versões porque um deles é policial militar", explica Cavalcante. 
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Em nota, a Polícia Militar informou que um policial foi preso nesta quinta-feira, em Rio das Ostras, sendo ouvido na 128ª DP e na 6ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar. Ele foi preso na Unidade Prisional da PM.
O ex-companheiro de Jennefer vai ser encaminhado para um presídio de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.