Rio - Policiais da 65ª DP (Magé) fazem uma operação contra uma quadrilha especializada em praticar roubos de carga em toda a Região Metropolitana do Rio. O bando, baseado na Favela Kelson’s, na Penha, e no Morro do Barbante, na Ilha do Governador, é alvo de oito mandados de prisão e 18 mandados de busca e apreensão, que também são cumpridos em Magé, na Baixada, e Casimiro de Abreu, interior do estado. Seis pessoas foram presas, incluindo o líder da organização criminosa e apontado como o principal receptador dos criminosos.

Uma pessoa foi baleada na comunidade na Ilha do Governador. Informações iniciais da polícia indicam que ele é um suspeito, mas relatos contrários apontam que ele mora na comunidade e trabalharia em um ferro-velho. O grupo tinha como bases as duas comunidades Kelson's e Barbante, de onde partiam para cometerem os assaltos, e para onde retornavam com as cargas roubadas, guardando-as até que fossem vendidas. 

Entre os alvos está o principal receptador e atravessador da quadrilha, responsável por comprar as mercadorias roubadas ou conseguir compradores, inclusive, em outros estados, identificado como Jorge Teixeira de Oliveira, vulgo Mohamed. Empresário, ele foi preso em seu apartamento em Laranjeiras, na Zona Sul, após ser acordado pelos agentes. Em sua casa foram achadas cerca de 400 munições. 

"Essa quadrilha já agia há cerca de um ano, e tinha um braço operacional, que eram pessoas que iam para a rua efetivamente. Havia um braço logístico, que cedia galpões e lugares para guardar as cargas roubadas e munições, e um braço financeiro, uma pessoa que recebia o dinheiro oriundo dos roubos", explicou o delegado, em entrevista à GloboNews.

 

 

A operação é coordenada pelo delegado titular da 65ª DP, Ângelo Lages, e tem como principal objetivo a identificação e prisão de integrantes da quadrilha que há anos vem aterrorizando a Região Metropolitana, inclusive, a cidade de Magé, onde praticaram um dos roubos. Os indiciados responderão por roubo qualificado, receptação, associação criminosa, lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

A operação conta com o apoio de 130 policiais civis de diversas delegacias do DGPB (Departamento Geral de Polícia da Baixada) e do DGPE (Departamento Geral de Polícia especializada), além da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).