Funcionários do BNDES, servidores federais da área ambiental e especialistas em meio ambiente fazem ato em defesa do Fundo Amazônia, no Rio de Janeiro. - Fernando Frazão / Agência Brasil
Funcionários do BNDES, servidores federais da área ambiental e especialistas em meio ambiente fazem ato em defesa do Fundo Amazônia, no Rio de Janeiro.Fernando Frazão / Agência Brasil
Por Agência Brasil
Rio - Funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de ambientalistas, indígenas e apoiadores da causa ecológica se reuniram em frente à sede do banco no centro do Rio, para protestar contra mudanças no Fundo Amazônia.
Apoiadores da iniciativa, que sobrevive principalmente com verbas da Alemanha e da Noruega, temem que mudanças possam descontinuar o projeto e causem prejuízos à imagem do país. O governo brasileiro, sinalizou por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que pretende modificar a gerência do fundo e a destinação das verbas que poderiam, por exemplo, serem utilizados na desapropriação de terras ocupadas por fazendeiros na Amazônia.
Publicidade
Tasso Azevedo, ex-diretor-geral do Serviço Florestal e um dos criadores do projeto, que começou em 2008, alerta para as possíveis mudanças propostas pelo governo. Segundo ele, a imagem do país no exterior pode sofrer impactos negativos, já que a iniciativa foi criada para ajudar a reduzir o desmatamento. Ele explicou que as contribuições são realizadas com base no desempenho para a redução de gases do efeito estufa.
“Cada vez que a gente reduz o desmatamento, a gente reduz uma quantidade de gases de efeito estufa, de carbono, na atmosfera. Por cada tonelada de carbono que a gente reduz, por ter menos desmatamento e queimadas, a gente pode receber US$ 5 de contribuição para o fundo. E foram muitos milhões de toneladas que deixaram de ser emitidas quando o Brasil reduziu o desmatamento”, disse.
Publicidade
Azevedo explica que as contribuições de países, especialmente Noruega e Alemanha, tornaram o Fundo Amazônia o maior em conservação florestal do mundo, e que todos os valores são baseados nos resultados. “Os doadores não dão palpite, mas temos que seguir as regras que foram acordadas quando foi feito o contrato. Essas regras têm de essencial que o BNDES é o gestor do fundo e é quem aprova os projetos. Outra coisa é que o fundo tem um comitê orientador formado pelo governo federal, pelos governos estaduais e pela sociedade civil. E esta comissão não pode ser alterada sem que isso impacte o contrato com os doadores”, disse Tasso
O Ministério do Meio Ambiente não comentou o caso.
Publicidade