Por O Dia
Rio - O Brasil teve 65.602 pessoas assassinadas em 2017. Se o quadro no país já é alarmante, o Rio de Janeiro e outros 14 estados amargam taxas acima da média nacional - de 130,4 por cem mil habitantes. Dos 35.783 jovens mortos no Brasil, em 2017, 3.439 eram do Estado do Rio de Janeiro.
Esses são dados do Atlas da Violência, um levantamento estatístico realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado ontem.
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Entre os homicídios por arma de fogo, o índice cresceu 6,8% no país entre 2016 e 2017. No Rio, o crescimento foi ainda maior: 9,8%. Apesar disso, o estado está entre os que sofreram queda no número geral de mortes, no período de 2007 a 2017, com redução de 7,8%.
O estado com maior crescimento no número de homicídios no ano de 2017 foi o Ceará, que registrou alta de 49,2% e atingiu o recorde histórico de 5.433 mortes violentas intencionais, causadas por armas de fogo, droga ilícita e conflitos interpessoais. No Acre, a variação foi de 42,1% em 2017, totalizando 516 homicídios - considerando-se o período de 2007 a 2017, o número de homicídios subiu 276,6% em todo o estado.
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“O que está acontecendo no Brasil é algo realmente estonteante e fora dos padrões mundiais. Poucos países se aproximam do Brasil em termos de taxa de homicídio”, afirmou Daniel Cerqueira, coordenador do Atlas da Violência, em uma entrevista coletiva concedida ontem, no Rio de Janeiro.