O diretor de Obras do DER-RJ, Rogério Feijó, fez inspeção recentemente na ponte sobre o córrego Lameiro, em Carapebus. - Divulgação DER
O diretor de Obras do DER-RJ, Rogério Feijó, fez inspeção recentemente na ponte sobre o córrego Lameiro, em Carapebus.Divulgação DER
Por O Dia

A Justiça determinou que a Av. Niemeyer siga interditada e deu um prazo de 48 horas para o Ministério Público e a Prefeitura do Rio realizarem uma junta de documentos sobre o caso. Depois disso, será realizada nova vistoria por peritos nomeados pelo Judiciário, no prazo de cinco dias. Somente a partir desse período será decidido se a via será reaberta.

A decisão foi tomada em audiência especial ontem, na 3ª Vara da Fazenda Pública do Rio. Foram ouvidos, pela juíza Mirela Erbisti, o secretário de Infraestrutura e Habitação da prefeitura, Sebastião Bruno, além de técnicos da Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio) e representante do Ministério Público. Estiveram presentes, ainda, procuradores do município e do estado.

"A Justiça não tem interesse em manter a via fechada, mas ela só pode ser aberta se restar comprovado que não há perigo" argumentou a magistrada.

A prefeitura alega que foram cumpridas as exigências apontadas anteriormente e que estão sendo realizadas obras em cinco trechos da encosta, que devem ser finalizadas em novembro, com um custo superior a R$ 30 milhões. Após a conclusão, há previsão de reflorestamento.

Segundo a prefeitura, há, hoje, 54 pontos de atenção nos quais cerca de 200 profissionais trabalham diariamente. O secretário de Infraestrutura diz, no entanto, que mesmo com todos os esforços não há como atestar risco zero.

Para os peritos nomeados em juízo, são três os principais aspectos ligados aos perigos na via: a fragilidade geológica da formação em toda a encosta, a ocorrência de chuvas, com mudanças importantes nos índices pluviométricos e a ocupação desordenada da área ao longo dos anos.

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