Thiago de Paula Silva tinha 21 anos - Arquivo Pessoal
Thiago de Paula Silva tinha 21 anosArquivo Pessoal
Por RAI AQUINO
Rio - Familiares do motoboy Thiago de Paula Silva estão inconsoláveis com a perda do jovem de 21 anos, que foi morto a tiros durante uma ação do 12º BPM (Niterói), na manhã deste domingo. Além de lamentarem a morte de Thiago, eles contestam a versão da Polícia Militar.
A PM alega que o motoboy, que estava de moto com um conhecido na garupa, desobedeceu a ordem de parada dada pelos agentes durante uma blitz na Rua Noronha Torrezão, em Cubango, no município da Região Metropolitana do estado. Além disso, a secretaria diz que os militares foram alvos de tiros.
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"Meu irmão não estava armado. Meu irmão não atirou. As pessoas que estavam perto disseram que ele não atirou", a irmã de Thiago, a balconista Thaís Silva, também de 21 anos, defende, aos prantos.
Caso aconteceu no Cubango - Reprodução / Internet
Thaís conta que o irmão mora com a mãe no Fonseca, mas que de sábado para o domingo trabalhou durante toda a madrugada e de manhã foi para a casa da ex-mulher, no Cubango. A balconista afirma que o irmão foi atingido por um tiro no abdômen quando deixava a região com um amigo da ex.
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"Eles (a Polícia Militar) estão falando que ele não ouviu a blitz pedindo para eles pararem. Aí, eles deram um tiro de aviso, que foi direto no meu irmão e pegou no abdômen dele", Thaís lamenta.
A balconista afirma ainda que os PMs impediram de o irmão ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, que chegou a ser acionado. Ela diz que a ex-mulher do motoboy esteve no local e viu o irmão "agonizando".
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"Deixaram meu irmão agonizando no chão. Não deixaram tirar o corpo dele. Eles estavam achando que meu irmão era bandido", reclama.
O motoboy estava deixando a região quando foi baleado - Arquivo Pessoal
Thiago levado ao Hospital Azevedo Lima (Heal), onde, de acordo com a Secretaria estadual de Saúde, já chegou sem vida.
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Procurado pelo DIA, a Polícia Militar ainda não se manifestou sobre as reclamações da família do motoboy.
Já a Polícia Civil, se limitou a dizer que a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) instaurou um inquérito policial para apurar o caso. "Diligências estão em andamento com a finalidade de ouvir testemunhas e buscar câmeras de vigilância", avisou, através de nota.