Rio - A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) repudiou, na tarde desta quarta-feira, a presença de seguranças armados durante a audiência pública que discutiu as cotas raciais na instituições de ensino estaduais, na noite de segunda-feira. "Manifestamos nosso repúdio pelo fato de que indivíduos armados, sob o pretexto de prestar segurança a parlamentares, tenham adentrado e permanecido no ambiente de realização da audiência pública", afirmou a instituição.
A Uerj também reforçou sua defesa à política de cotas, da qual é a pioneira no estado do Rio de Janeiro. A nota registrou que a universidade sempre foi um palco para debate de ideias, "respeitando o princípio da pluralidade e da diversidade, recusando qualquer forma de violência de qualquer ordem", e que nunca foi registrado qualquer ocorrência como a da última segunda.
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Já a Associação dos Docentes da Uerj (Asduerj) fez duras críticas a agressão do deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL) a uma pessoa durante a discussão, flagrada em vídeo.
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"Os deputados Rodrigo Amorim e Alexandre Knoploch e seus assessores não vieram à universidade para debater, mas para interditar e inviabilizar a Audiência Pública convocada por várias Comissões da Alerj", diz o texto da Associação, destacando o comportamento dos parlamentares na audiência. "socos na mesa; constranger a represente da Reitoria, a Sub-reitora de Graduação da UERJ; e para coroar as provocações, mesmo sob a defesa de duas linhas de professores e estudantes que os defendiam do público indignado com o que viram e escutaram, dar um soco num rapaz e uma coronhada em outro, para o qual foi necessário chamar uma ambulância.", diz a nota da associação.
A Asduerj apontou que os deputados, sem autorização da reitoria da Uerj, chamaram a PM, "colocando no interior da Universidade três carros", e entraram na capela ecumênica, onde acontecia a audiência, portando armas, "o que colocou em risco a comunidade universitária ali presente, na sua maioria estudantes".
"A UERJ é por vocação, um espaço de debate, pesquisa, ensino, extensão. E tem o imenso orgulho de seu pioneirismo e sucesso no programa de cotas, destacadamente as cotas raciais, que constituem um processo importantíssimo de reparação histórica. Os deputados podem divergir dessa posição, mas não aceitamos o desrespeito e a violência como forma de conduzir o debate político, que parece ser a tônica de sua condução. Observamos isso no debate sobre a CPI das Universidades estaduais, onde foram derrotados pela maioria da Alerj", defende o texto. "O que aconteceu ontem na UERJ não condiz com o decoro parlamentar e menos ainda com a democracia", finaliza a nota.
A Asduerj apontou que os deputados, sem autorização da reitoria da Uerj, chamaram a PM, "colocando no interior da Universidade três carros", e entraram na capela ecumênica, onde acontecia a audiência, portando armas, "o que colocou em risco a comunidade universitária ali presente, na sua maioria estudantes".
"A UERJ é por vocação, um espaço de debate, pesquisa, ensino, extensão. E tem o imenso orgulho de seu pioneirismo e sucesso no programa de cotas, destacadamente as cotas raciais, que constituem um processo importantíssimo de reparação histórica. Os deputados podem divergir dessa posição, mas não aceitamos o desrespeito e a violência como forma de conduzir o debate político, que parece ser a tônica de sua condução. Observamos isso no debate sobre a CPI das Universidades estaduais, onde foram derrotados pela maioria da Alerj", defende o texto. "O que aconteceu ontem na UERJ não condiz com o decoro parlamentar e menos ainda com a democracia", finaliza a nota.
O PSL foi procurado, mas não respondeu até o fechamento desta matéria. O espaço está aberto para manifestação.
