As investigações tiveram início em 2014, com base em inquérito policial instaurado na 1ª DP (Praça Mauá), a partir de trabalho investigativo realizado pelo Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil (LAB-LD), que identificou uma movimentação financeira de R$ 189 milhões. O inquérito foi concluído e encaminhado pela autoridade policial ao Ministério Público, em 2017.
Até o momento, a operação resultou na prisão de 14 pessoas, em São Paulo, uma no Rio de Janeiro, e outra na Bahia.
De acordo com o Coaf, o grupo movimentou cerca de R$ 190 milhões em ações consideradas atípicas e suspeitas. De acordo com as investigações, os criminosos ofereciam a falsa promessa de revisão judicial de benefícios junto à Previdência Social e o pagamento de benefícios atrasados. As vítimas eram quase todas idosos.
Entre os anos de 2014 e 2019, constatou-se a existência de 226 ações, entre execuções de títulos extrajudiciais e ações de cobrança, visando ao recebimento ilegal das anuidades. Centenas de inquéritos foram instaurados, tanto por iniciativa dos lesados, quanto pelas requisições dos Juízos Cíveis, quer nas delegacias distritais do centro do Rio de Janeiro, quanto na Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (DEAPTI), que foram e são ainda investigados individualmente. Os denunciados também são acusados por crimes de lavagem de dinheiro. Além das condenações pelos crimes apontados, a denúncia do MP-RJ requer ainda a reparação dos prejuízos sofridos pelos idosos.