Luarlindo Ernesto, o Luar - Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Luarlindo Ernesto, o LuarDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - Na redação do jornal, quando surge alguma dúvida, os repórteres vão até a mesa de Luarlindo Ernesto, espécie de Google do jornalismo carioca e testemunha dos acontecimentos do Rio nas últimas décadas. No jornalismo, ingressou aos 14 anos e teve três passagens pelo DIA.
A mais recente foi em 1992. Aos 76 anos, Luarlindo é um dos repórteres mais experientes na ativa no Brasil. E inspiração para os mais jovens. “Até me emociono quando vejo esses meninos e meninas da redação Isso tá no sangue”, diz, como quem passa o bastão do ofício para as novas gerações.
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Hoje, é responsável pela escuta, termo usado para a ronda que identifica os principais acontecimentos do dia. Ele também elabora a agenda que auxilia a chefia de reportagem. “Ainda alerto o pessoal quando
completa uma data redonda de algum acontecimento marcante. As notícias não param. E temos o dever de informar nossos leitores. Somos especialistas nas classes populares”.
Na primeira passagem pelo O DIA, na década de 1970, Luarlindo lembra de um caso que rendeu. No Largo do Encantando, estranhou uma cena: um homem, que ficava ao pé de uma árvore sumia de repente. Percebeu que, no alto, entre os galhos, havia uma casa, onde ele morava também com a mulher, uma galinha, um galo e um gato. “Ele subia e desaparecia. Fazia questão de dizer que não era mendigo. Até hoje, histórias assim estão na capa do jornal. São reportagens fora de contexto, que fazem sucesso”.