O MAR bateu recorde de público neste mês, com 70 mil visitantes - Divulgação
O MAR bateu recorde de público neste mês, com 70 mil visitantesDivulgação
Por Lucas Cardoso
Rio - O Museu de Arte do Rio (MAR) não corre risco de naufragar. Um dos pontos mais visitados do Centro do Rio, a instituição sofre com a crise econômica que afeta diversos setores da produção cultural. A tensão entre os funcionários é sobre a renovação do contrato com a prefeitura, que acabou em abril e foi estendido até setembro deste ano. Ainda não existe certeza sobre uma prorrogação, mas uma negociação entre o museu e a Prefeitura já foi iniciada.
De acordo com funcionários, a incerteza começou no início da gestão Crivella, quando houve um distanciamento do setor cultural. O problema se agrava pela desconfianças dos empresários que liberavam recursos via Lei Rouanet, que foi objeto de uma série de discussões durante o período eleitoral. Entretanto, a atual secretária de Cultura, Mariana Ribas, estreitou o diálogo com gestores do MAR, o que trouxe esperança para um novo contrato.
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Este mês, o MAR bateu recorde de público ao receber mais de 70 mil visitantes. Um deles, o estudante Pedro Aguiar, de 22 anos, espera que a situação se resolva. "Esta é uma ferramenta muito importante para a educação e memória da cidade. Tomara que não feche as portas", disse o jovem, que visitou a mostra 'O Rio dos Navegantes' - uma das 59 exposições que o MAR recebeu desde a sua abertura.
PROJETO DE REVITALIZAÇÃO
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Inaugurado em 2013, durante o aniversário de 448 anos da cidade, o museu foi a primeira obra concluída do projeto de revitalização econômica, social, ambiental e cultural da Zona Portuária, ainda na gestão de Eduardo Paes. Segundo fontes internas, parte do funcionamento do museu se mantém ativo com a ajuda da iniciativa privada, que investiu cerca de R$ 3 milhões, somente este ano. Atualmente, a despesa é de R$ 13.8 milhões ao ano.
Em nota, a Secretaria de Cultura informou que dois processos de crédito para manutenção do funcionamento do museu tramitam na Prefeitura. A pasta ressaltou que os 63 equipamentos culturais da cidade seguem abertos à população.