Publicado 05/06/2019 16:27 | Atualizado 05/06/2019 17:18
Rio - A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) acredita que a estudante de Direito Marcela de Souza Oliveira, 26 anos, reagiu ao roubo praticado por Nilton Pereira, que está foragido da Justiça. O corpo da jovem foi encontrado em estado avançado de decomposição cinco dias após desaparecer em Vila de Cava, Nova Iguaçu. O crime é investigado como latrocínio — roubo seguido de morte.
Nesta quarta-feira, agentes da especializada prenderam Moisés Amorim da Silva, de 18 anos, suspeito de participar do assassinato de Marcela. "Tudo nos leva a crer que Marcela foi morta porque reagiu a ação do Nilton. Segundo o Moisés, o tio teria dito que ela reagiu ao roubo e ele atirou", afirma Moyses Santana, delegado titular da DHBF.
"Imaginamos que o Moisés atua no crime a partir já da morte da Marcela, auxiliando ao Nilton, que ele chama de tio, a dar sumiço no corpo. Já que o corpo foi localizado dentro de um rio muito longe do local onde ela teria sido abordada e não teria condições de o Nilton ter levado o corpo para lá sozinho. O Moisés disse que apenas encontrou o Nilton para pegar o telefone após o Nilton ter sumido com o corpo. A prisão de é temporária para que a investigação continue", destaca o delegado.
Segundo Santana, o preso diz que Nilton jogou o corpo no rio sozinho. No entanto, a especializada não acredita nessa hipótese.
Venda de celular nas redes sociais após o crime
A investigação chegou até os assassinos após um deles divulgar em sua rede social, minutos após a jovem desaparecer, a venda do celular da vítima através de um grupo de compra e venda.
"A pessoa que comprou o telefone, pegou no dia seguinte ao post, e inseriu um novo chip para poder utilizar. No dia 28 chegamos até o comprador e ele nos mostrou o Facebook do vendedor. Identificamos e chegamos a autoria do Moisés Amorim da Silva, preso hoje. Ele pegou o telefone da vítima nas mãos do Nilton, que a matou. O home, segundo o preso nos revelou, pegou o corpo da mulher e jogou no Rio Iguaçu. Logo após isso, ele entregou o telefone para ao jovem para que ele vendesse. O Moisés vendeu para o comprador que nos auxiliou a encontrá-lo através do Facebook", conta Santana.
De acordo com o delegado, Moisés e o irmão dele — terceiro investigado no crime— são os responsáveis por revender os celulares roubados pelo Nilton. "Acreditamos que o Moisés e o irmão tenham afinidade muito grande, inclusive, a moto do irmão do Moisés estava na casa do Nilton quando estivemos lá hoje."
"O Moisés usava um nome falso de Thiago Santos no Facebook para vender os telefones. Através de técnicas descobrimos que o Moisés era o que usava o nome falso. Conseguimos representar pela prisão dele, e ontem obtivemos o mandato. Hoje, saímos para cumprir e estivemos em vamos endereços do Moisés. Mas, não o localizamos. Estivemos em uma escola que ele estuda, em Vila de Cava, e um colega nos revelou que ele tinha ido se alistar na Junta Militar de Nova Iguaçu. Ele foi preso no serviço militar do Exército", completa o delegado.
Histórico de crimes
De acordo com as investigações, Nilton tem várias anotações criminais e estaria ligado à milícia de Queimados, na Baixada. "Quando analisamos a conduta dele e seus antecedentes criminais, notamos que não nos surpreende os 'modus operandi' que o Nilton empregou nos outros homicídios a que ele responde e pelos quais ele está foragido. Ele é um cara muito perigoso. Inclusive, pedimos que a população nos ajude com informações sobre o seu paradeiro. Ele é frio, perigoso e contamos com a ajuda de todos para poder captura-lo. Ele já é considerado foragido por esse crime e por outros mandados que ele tinha e por ser evadido do sistema prisional", ressalta o delegado titular da DHBF.
'Ele é um psicopata', diz delegado
Considerado pela Polícia Civil como psicopata, Nilton Pereira é acusado de matar ao menos sete pessoas na região de Nova Iguaçu e em municípios da Baixada Fluminense.
Um dos homicídios cometido por Nilton aconteceu em 4 de dezembro de 2018. Segundo a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Nilton pediu por aplicativo um Uber e quando o motorista chegou, em Vila de Cava, Nova Iguaçu, ele o sequestrou e obrigou que o homem o levasse para fazer arrastões em varias vias do bairro. Em um determinado ponto da cidade ele e o comparsa, que também estava no carro, pararam e executaram — na frente de familiares — um homem que eles consideravam como “batedor de mulher”.
"O crime foi muito fútil, matar por um celular. Temos diversos casos que já foram investigados por outras delegacias desse mesmo molde", pontua o delegado sobre o assassinato de Marcela.
Considerado pela Polícia Civil como psicopata, Nilton Pereira é acusado de matar ao menos sete pessoas na região de Nova Iguaçu e em municípios da Baixada Fluminense.
Um dos homicídios cometido por Nilton aconteceu em 4 de dezembro de 2018. Segundo a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Nilton pediu por aplicativo um Uber e quando o motorista chegou, em Vila de Cava, Nova Iguaçu, ele o sequestrou e obrigou que o homem o levasse para fazer arrastões em varias vias do bairro. Em um determinado ponto da cidade ele e o comparsa, que também estava no carro, pararam e executaram — na frente de familiares — um homem que eles consideravam como “batedor de mulher”.
"O crime foi muito fútil, matar por um celular. Temos diversos casos que já foram investigados por outras delegacias desse mesmo molde", pontua o delegado sobre o assassinato de Marcela.
"A família sempre acreditou no trabalho da Polícia Civil. No primeiro momento, tínhamos esperança dela estar com vida, mas como não foi possível, nós agradecemos o trabalho da Divisão de Homicídios (DH) que se empenhou.
A polícia já prendeu um rapaz que participou do crime, agora falta prender o outro, que foi o que teria feito o disparo. Mas isso é a curto prazo, daqui a pouco a polícia encontra também", disse Renato Barone, da Polícia Civil.
A polícia já prendeu um rapaz que participou do crime, agora falta prender o outro, que foi o que teria feito o disparo. Mas isso é a curto prazo, daqui a pouco a polícia encontra também", disse Renato Barone, da Polícia Civil.
Comentários