O PM Clayton da Silva Novaes foi um dos alvos da operação desta quarta - Rafael Nascimento / Agência O DIA
O PM Clayton da Silva Novaes foi um dos alvos da operação desta quartaRafael Nascimento / Agência O DIA
Por RAFAEL NASCIMENTO
Rio - Os milicianos envolvidos na operação da Polícia Civil desta quarta-feira matavam os próprios aliados para assumir o controle das empresas envolvidas na lavagem de dinheiro da quadrilha. A informação é da chefe do Departamento de Combate à Corrupção ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DCCCOLD), a delegada Patrícia Alemany, responsável pela ação de hoje, que terminou com seis presos.
"É um matando o outro para ficar com essas empresas", conta Alemany, dizendo que a briga era pelo controle da Macla Comércio e Extração de Saibro.
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A empresa está no nome de Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, foragido na ação de hoje. Zinho é irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, que comanda a maior milícia do estado, alvo da operação.
A delegada afirma que, além da disputa interna, os milicianos também matavam os concorrentes na área de incorporação e exploração de água, areia e saibro na Baixada Fluminense. Eles teriam praticado pelos menos cinco homicídios por causa das disputas.
Grupo criava empresas de extração de areia para 'lavar' dinheiro da quadrilha - Reprodução
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MOVIMENTAÇÃO DE R$ 42 MILHÕES
A investigação da DCCCOLD apontou que de 2012 a 2017, o grupo, que é o braço financeiro da quadrilha de Ecko, movimentou R$ 41 milhões. A operação de hoje conseguiu o sequestro de R$ 11 milhões desses.
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Alemany conta que chegou até os presos rastreando a movimentação econômica da quadrilha. "O cara não tem nada e compra um apartamento... a partir daí, ficamos de olho no cara e rastreando os bens de parentes, como primos, irmãos", afirma.
PM PRESO
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Dentre os presos na operação desta quarta está o policial militar reformado Clayton da Silva Novaes. Ele foi encontrado em casa, no bairro Lajes, em Paracambi, na Região Metropolitana do estado.