Imagem ilustrativa  - Gilvan de Souza
Imagem ilustrativa Gilvan de Souza
Por Rachel Siston*
Rio - As prefeituras cujos municípios têm rodovias administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), entre elas Rio e Niterói, além do próprio departamento, terão 15 dias para explicar os critérios que definiram os locais onde radares e lombadas eletrônicas foram ou serão instalados. Na notificação, enviada na última sexta-feira, o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Dionísio Lins (PP), solicitou a retirada dos equipamentos localizados em áreas consideradas de risco, cumprindo uma exigência da Lei estadual 7.580/17.
De acordo com o DER, após um encontro, no início deste mês, entre o presidente do órgão, Uruan Cintra de Andrade; e o comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), coronel Sérgio Porto, o departamento recebeu uma primeira lista com algumas das principais áreas de risco próximas às rodovias do estado.
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Com a lista em mãos, o DER afirma que vai desativar, já nos próximos dias, 16 equipamentos de fiscalização eletrônica localizados na RJ 104 e na 106. Outros radares poderão ser desligados assim que o departamento obtiver informações do BPRv sobre outras áreas de risco.
"Também sou usuário das nossas estradas e sei o quanto é importante motoristas e pedestres se sentirem seguros nas rodovias. O DER-RJ vai cumprir a lei. Vamos desligar os radares em áreas de risco já nos próximos dias. Nossa população merece esse cuidado", disse, em nota, o presidente do DER-RJ.
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Endereços
O deputado Dionísio Lins vai pedir, também, ao Instituto de Pesos e Medidas do Rio de Janeiro (Ipem/RJ), a relação com os endereços de todos os equipamentos existentes no estado, o nome das empresas  responsáveis pela instalação e se estão devidamente aferidos pelo órgão.
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Os dados serão encaminhados para a Secretaria de Segurança e para o Instituto de Segurança Pública (ISP). O objetivo é que, com os índices já existentes sobre as áreas com maior ocorrência de roubos de veículos, seja evitada a colocação dos equipamentos nesses endereços ou que desliguem os já existentes.
Lins acredita na existência de uma indústria de multas no estado. Segundo ele, em 2018, a arrecadação  om multas de trânsito e radares passou dos R$ 244 milhões. "O maior valor arrecadado desde a criação do Código de Trânsito Brasileiro.
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Entretanto, afirma o deputado, apenas 4% desse valor foram aplicados em campanhas para educação e segurança no trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro determina que a receita com multas seja aplicada exclusivamente em sinalização, policiamento, engenharia de tráfego, fiscalização e educação no trânsito.
*Estagiária sob supervisão de Maria Inez Magalhães