Entrada do Aeroporto Internacional do Galeão - Reprodução / Google Street View
Entrada do Aeroporto Internacional do GaleãoReprodução / Google Street View
Por O Dia
Rio - Oito pessoas foram presas durante uma ação da Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Dairj), na manhã desta terça-feira, durante a operação Pedágio Expresso. A ação apura fraudes na aquisição de dispositivos para pagamentos de taxas em estacionamento do aeroporto. Além dos presos, mais de 40 pessoas foram ouvidas.
Sete desses presos são suspeitos de receptação, por adquirir estes dispositivos, e um por inserir dados falsos no aplicativo 99, o que configura falsidade ideológica. Os agentes chegaram aos suspeitos por meio de uma denúncia da empresa que estava sendo lesada pelo grupo. 
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Segundo a titular da especializada, Tatiana Ribeiro, alguns motoristas já eram alvos da unidade quando a delegacia foi acionada. A fraude era realizada por funcionários de empresas em esquema com motoristas de táxis e aplicativos. Eles compravam tickets (Tags) com nomes de terceiros e os pagamentos eram feitos em débito automático em contas inexistentes ou cartões de crédito clonados.
Ela explica que a ação contou com a parceria da empresa de estacionamento, que forneceu as placas dos suspeitos e a RioGaleão responsável por disponibilizar as imagens dos investigados transitando pela área do aeroporto: "Nós fizemos um levantamento de horas que eles iam trabalhar e quanto tempo permaneciam no local. Eles chegavam a entrar e sair do estacionamento cerca de 15 vezes por dia, por meio das fraudes", explica,
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Os motoristas que adquiriam os dispositivos pagavam entre R$100 e R$ 200 e podiam utilizar o estacionamento de maneira ilimitada e sem o pagamento de mensalidade ou fatura. Os motoristas que participavam do esquema chegavam a lucrar diariamente cerca de R$ 300 por veículo. 
A captação de passageiros era realizada em três pontos principais do aeroporto: "Os motoristas faziam a abordagem no saguão, no bolsão (local onde ficam os motoristas de aplicativo) e no terminal 1”. Segundo ela todos os condutores ouvidos tiveram o CPF checado durante a operação.