Material apreendido pela polícia - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Material apreendido pela políciaReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO
Rio - Além do cumprimento de mais de 30 mandados de prisão e vários outros de busca e apreensão, a Operação Hunter, que acontece nesta quinta-feira contra uma milícia de Queimados, procura também um cemitério clandestino do grupo paramilitar. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) acredita que pelo menos 50 pessoas foram mortas pela quadrilha e tiveram seus corpos enterrados no local procurado.
O principal preso da operação de hoje é o vereador e ex-secretário de Defesa Civil de Queimados, Davi Brasil, de 52 anos (Avante). Ele é apontado como o chefe do bando. Nas redes sociais, o vereador já fez várias postagens cobrando honestidade de políticos.
O vereador Davi Brasil é apontado como o chefe da quadrilha - WhatsApp O DIA (21) 98762-8248
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Durante a ação, foi encontrado um carro usado pela milícia com um facão sujo de sangue. A polícia tem certeza de que uma vítima do grupo foi morta no porta-malas do veículo na última noite.
Nas investigações, o Ministério Público estadual (MPRJ) descobriu que o bando usava páginas no Facebook para anunciar os próximos alvos e que lucrava até com a venda de kit churrasco para os moradores.
Facão com marca de sangue foi achada no porta-malas de um carro do grupo - WhatsApp O DIA (21) 98762-8248
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Um dos presos, Ewerton de Almeida Albuquerque, conhecido como Careca, é apontado como um dos matadores da quadrilha. Ele tem uma tatuagem de uma caveira símbolo do filme "O Justiceiro" nas costas.
Careca já ficou preso durante oito anos por porte ilegal de armas. Há três meses, ele cumpria a pena no regime semiaberto.
Tatuagem de Ewerton de Almeida Albuquerque, o Careca - Reprodução