Ambientalistas contabilizam que o local que poderá receber o autódromo guarda 200 mil árvores, que constituem a Floresta do Camboatá, último remanescente de Mata Atlântica de terras baixas - Divulgação
Ambientalistas contabilizam que o local que poderá receber o autódromo guarda 200 mil árvores, que constituem a Floresta do Camboatá, último remanescente de Mata Atlântica de terras baixasDivulgação
Por O Dia
Rio - A Justiça Federal suspendeu, nesta sexta-feira, a licitação para a construção do autódromo do Rio, que ficaria em Deodoro, Zona Norte. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal. Nele, o MPF pedia que nenhuma obra fosse realizada até que o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) estivesse pronto e a licença fosse concedida. 
Em maio, o Ministério Público já havia pedido a suspensão do processo, expedindo a licença prévia atestando a viabilidade ambiental do novo autódromo. O MP alegou  ainda que a licitação para a contratação da empresa responsável pela construção do autódromo era irregular. 
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O juiz Adriano de Oliveira França, da 10ª Vara Federal, responsável pela decisão, afirmou que é obrigatório a apresentação do estudo de impacto ambiental e ainda disse que é provável a degradação do meio ambiente, desequilíbrio do ecossistema, possibilidade de processos erosivos, comprometimento da fertilização de solo e outros fatores. 
A construção do autódromo tinha sido prometida pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo governador Wilson Witzel, na busca de alterar o palco da Fórmula 1 no Brasil a partir de 2021. Em nota, a Procuradoria Geral do Município informou que ainda não foi intimada da decisão do Ministério Público e que, quando acontecer, a questão será analisada.