Os manifestantes colocaram objetos no meio da rua e atearam fogo - Reprodução / Internet
Os manifestantes colocaram objetos no meio da rua e atearam fogoReprodução / Internet
Por O Dia
Rio - Lojistas do camelódromo de Campo Grande fizeram, na manhã desta sexta-feira, uma manifestação contra a ordem de desocupação do comércio popular do bairro da Zona Oeste do Rio. Eles reclamam da notificação que receberam da Secretaria Municipal de Fazenda (SMF), na noite de ontem, para deixarem o local em 48 horas.
Em represália contra a determinação, os comerciantes fecharam a Rua Xavier Marques, na altura da rodoviária de Campo Grande por volta das 8h. Os manifestantes colocaram objetos na via e atearam fogo em vários deles. A Guarda Municipal acompanhou o movimento, que se encerrou cerca de três horas depois, por volta das 11h.
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Na notificação entregue nesta quinta, a prefeitura alegou, através da Coordenadoria de Controle Urbano da SMF, que "o exercício de qualquer atividade em área pública sem a respectiva autorização prejudica o ir e vir de cada cidadão e o descumprimento das normas estabelecidas na Lei nº 1875/92 (sobre o comércio ambulante) poderão acarretar sanções administrativas, tais como: apreensão de mercadorias e multas".
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Os lojistas do camelódromo de Campo Grande dizem que grande parte deles tem autorização para funcionar. Na notificação de ontem, eles teriam sido avisados que as construções iriam ser demolidas.
Lojistas foram notificados a deixarem o local na noite desta quinta - Reprodução / Internet
Procurada pelo DIA, a Secretaria Municipal de Fazenda disse que a Coordenadoria de Controle Urbano está identificando os lojistas que estão em situação irregular.
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"Aqueles que não se encontram em conformidade foram notificados e orientados a desocupar o local no prazo de 48 horas", afirmou, em nota. "Cabe destacar que Campo Grande está incluído no programa Ambulante Legal, instituído pelo Decreto Nº 44.838/2018, e já passou pelo processo de recadastramento dos ambulantes locais. O objetivo do programa é organizar e facilitar a identificação dos ambulantes autorizados a trabalhar nos logradouros públicos, sem descuidar do uso sustentável do espaço público".
Os manifestantes colocaram objetos no meio da rua e atearam fogo - Reprodução / Internet