Marcelo tentou ajudar casal e foi morto - WhatsApp do DIA
Marcelo tentou ajudar casal e foi mortoWhatsApp do DIA
Por Thuany Dossares
Rio - "Meu filho sempre foi muito tranquilo e sempre teve esse instinto de querer ajudar as pessoas". Essa é a definição do advogado Carlos Henrique sobre o seu filho, o educador físico Marcelo Henrique Correa Reais, de 39 anos, que morreu esfaqueado por um morador de rua, ao tentar ajudar um outro homem que já havia sido vítima do criminoso. O caso aconteceu por volta das 12h deste domingo, na Rua Professor Abelardo Lobo, na Lagoa, Zona Sul do Rio.

Marcelo estava saindo da casa da namorada, em Botafogo, e seguia para a casa da mãe, quando viu bombeiros prestando socorro ao engenheiro João Carvalho Napoli, de 35 anos, e sua namorada, a bióloga Caroline Azevedo Moutinho, 29. O casal estava no carro do engenheiro, com os vidros abertos, e foi surpreendido por Plácido Correa de Moura, 44 anos. Ele foi tentar ajudar, e acabou também sendo ferido pelo morador de rua. No momento, já havia PMs de três batalhões no local.
De óculos, pai de Marcelo Henrique Correa, de 39 anos - Ricardo Cassiano / Agência O DIA


O pai de Marcelo contou que logo após ser esfaqueado, o filho chegou a fazer uma chamada de vídeo para a namorada. João, Caroline e Marcelo foram socorridos para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, mas os dois homens não resistiram aos ferimentos.
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Segundo a irmã de Marcelo, que trabalha como personal trainer, ele era o filho mais velho de três irmãos, sendo o jovem e mais duas irmãs. "Ele foi ajudar. Ele não tinha nada a ver com essa historia. Agora a gente não vai ver ele nunca mais. Ele era carinhoso, amigo, o que precisava a gente podia contar contar com ele", disse a bancária Hérica Reis, irmã mais nova da vítima. Hérica contou que Marcelo estava em Botafogo e se dirigia para a casa da mãe, na Vila da Penha, Zona Norte da cidade, para almoçar com a família.