Publicado 31/07/2019 22:13 | Atualizado 31/07/2019 23:10
Rio de Janeiro - O governador Wilson Witzel assinou um decreto que cria o posto de general na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros. No entanto, o posto será honorífico, ou seja, somente de honra. Quando o oficial se aposentar, voltará a ser conhecido como coronel. A informação foi confirmada com o governo estadual, que deverá publicar o decreto no Diário Oficial desta quinta-feira.
A criação do cargo não irá refletir em despesas públicas e, de imediato, o secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Rogério Figueredo, e o secretário de Estado de Defesa Civil e Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey Jr, passarão a desempenhar a função de general honorífico.
O objetivo da criação seria de acabar com indicações políticas para o cargo máximo das corporações, fazendo com que somente generais possam ir ao posto máximo de comando das tropas. Coronéis com experiência deverão também ser alçados a generais honoríficos, é o caso dos comandantes de áreas da corporação, que coordenam ações estratégicas em conjuntos de batalhões.
O DIA apurou que o governador se baseou em exemplos dos exércitos da Europa do século XVIII, no qual existia o posto de brigadeiro-general, uma graduação temporária atribuída a um coronel durante o exercício de um comando especial. Além disso, o governador também teria como exemplo as brigadas dos exércitos da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que são comandadas por militares do primeiro posto de oficial general.
De acordo com nota do governo, "a ideia é que esse profissional passe por cursos e provas, similares aos das Forças Armadas, oferecendo uma base mais robusta e especializada na condução de tropas em situação de combate". Caso seja exonerado do cargo de Secretário de Estado e Comandante-Geral, o oficial manterá a função honorífica até sua inativação.
A Polícia Militar e os Bombeiros ainda não se manifestaram a respeito.
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