No encontro, pela manhã, Léo Motta disse que contou a sua trajetória para o secretário e o governador. A solução para a dependência química de Léo veio por uma comunidade terapêutica. Depois de viver seis meses na rua, ele procurou a ajuda de agentes do Centro Presente, que o indicaram para a Associação Solidários Amigos de Betânia, em Jacarepaguá.
"Escutei do próprio governador que ele não pretende "limpar" a cidade jogando as pessoas num canto. O governador disse que "quer cuidar de quem já perdeu o sentido da vida", contou Léo que, depois de 40 minutos reunido com o secretário, conversou por 15 minutos com Witzel.
Léo Motta disse que foi recebido no Palácio Guanabara com hora marcada, café e lanche. Ele estava acompanhado da mulher Cyssa Motta, de 29 anos, grávida de cinco meses. Há tempos atrás, jamais poderia imaginar situação semelhante: "O mais perto do Palácio que cheguei foi sentar em frente a um prédio do outro lado da rua, mas o porteiro me disse que "não era bom eu sentar ali".
O ex-morador de rua disse que está aliviado depois das conversas que teve nesta quarta-feira com o secretário: "A rua foi ouvida. Falei de todos os problemas, da situação dos abrigos, que a internação forçada não funciona e ainda mostrei meu livro para o governador", contou.