Rio - O morador de rua Plácido Corrêa Moura, 44, que matou dois homens a facadas durante um surto na Lagoa recebeu alta do Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, onde estava internado baleado nas pernas, na quarta-feira. Ele foi encaminhado para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Ele precisou ter uma das pernas amputadas. Na outra, foi preciso colocar pinos. Audiência de Custódia de Plácido Corrêa Moura ainda não foi marcada. O morador de rua atacou a faca três pessoas na Lagoa, causando duas mortes. A primeira vítima foi o engenheiro João Carvalho Napoli, de 35 anos, que estava em um carro acompanhado da sua namorada, a bióloga Caroline Azevedo Moutinho, 29, também ferida. O educador físico Marcelo Henrique Correa Reais, de 39 anos, que foi ajudar o casal acabou sendo atacado e morto. No momento, já havia PMs de três batalhões no local. Além das duas vítimas mortas, cinco pessoas ficaram feridas durante a ação. A namorada de João Napoli, Caroline Moutinho, 29 anos, que estava no banco do carona, ficou ferida nas mãos e no quadril. Ela realizou procedimento cirúrgico na mão esquerda. Uma técnica de enfermagem dos Bombeiros, Girlane Sena, foi baleada na perna e um médico da corporação, Fábio Raia, atingido por estilhaços. Um PM, que não teve a identidade divulgada, também foi baleado, além do morador de rua Plácido Correa de Moura, 44 anos, atingido na perna. A Polícia Militar abriu uma sindicância para apurar a conduta dos policiais militares na ocorrência. O morador de rua Plácido Correa de Moura, 44 anos, já tinha uma passagem pela polícia por outro ataque com faca, ocorrido em janeiro de 2016. Segundo informações, ele atacou seguranças de um prédio da TV Globo, localizado no Jardim Botânico. Além desta ocorrência, Plácido, que está internado sob custódia no Hospital Miguel Couto, tem outros três registros contra ele, um por agressão e outros dois por desacato e resistência. Em outubro de 2017, o morador de rua atacou a tijoladas um homem que passava pela Praça Marcos Tamoyo, no mesmo trecho onde aconteceu o ataque deste domingo. Em fevereiro do ano passado, ele foi detido por desacato e resistência após ser abordado por policiais, também no mesmo local. O outro episódio contra agentes de segurança pública ocorreu em outubro de 2018 e foi enviado ao Juizado Especial Criminal, mas o processo está em processo de arquivamento, há que o morador de rua nunca foi encontrado.