Gabriel e Fabrício com o troféu ganho no título estadual sub-20 de futsal pelo Olaria  - Whatsapp O DIA
Gabriel e Fabrício com o troféu ganho no título estadual sub-20 de futsal pelo Olaria Whatsapp O DIA
Por RAFAEL NASCIMENTO
Rio - "Eu iria fazer o meu aniversário hoje, mas jogaram água no meu chopp. Acabaram comigo. Esse foi o presente que me deram: a morte do meu filho". O desabafo emocionado é de Fabrício Moreira Alves, de 40 anos, pai de Gabriel Pereira Alves, de 18 anos, morto na manhã desta sexta-feira, por bala perdida, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Fabrício passou a manhã deste sábado no Instituto Médico-Legal (IML), e reclamou da demora na liberação do corpo do filho. Segundo ele, a demora durou quase quatro horas. 
"Desde às 8h eu estou aqui no IML para liberar o corpo do meu filho. Não tinha ninguém aqui para dar um suporte. Mais de três horas depois que eles vieram e me atenderam. Além de perder o meu bem mais precioso, temos que lidar que esse descaso. O meu filho está lá dentro com um tiro no peito. Está morto. Morto", reclamou ele no IML.
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O corpo de Gabriel será enterrado neste domingo de Dia dos Pais, no Cemitério do Caju, na Região Portuária do Rio, às 15h30.
"Vou para casa e amanhã, no Dia dos Pais, vou pegar na alça no caixão dele para enterrar. Infelizmente, pela demora, não vou conseguir enterra-lo hoje”, lamentou Fabrício segurando, firme, uma das medalhas que o filho ganhou. Gabriel jogava futsal do Olaria e tinha o sonho de ser jogador de futebol. 
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"Acabaram com a minha vida. Interromperam o sonho do meu filho, que era ser jogador de futebol. Agora, só vou ter lembranças das idealizações que o meu filho fazia. A mãe e o irmão dele, de 16 anos, estão em casa destroçados", contou ele.
Segundo a assessoria da Polícia Civil, não houve demora na liberação do corpo do Gabriel e que o processo correu dentro do normal.
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