Ferimentos no pescoço de Geliane indicam que ela foi esganada
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Ferimentos no pescoço de Geliane indicam que ela foi esganada Reprodução / Internet
Por RAFAEL NASCIMENTO e JENIFER ALVES*
Rio - Agentes da 132ª DP (Arraial do Cabo) investigam um caso de feminicídio ocorrido na madrugada desta quarta-feira, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos. De acordo com a polícia, o pedreiro Pedro Mariano dos Santos, de 40 anos, forjou o suicídio da esposa, Geliane Alves da Silva, 32, no bairro Boa Vista.
O pedreiro chegou a levar a mulher para Hospital Geral de Arraial do Cabo, afirmando que ela havia se enforcado. Profissionais da unidade de saúde estranharam as marcas no pescoço da mulher e informaram à polícia.
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De acordo com o delegado Renato Mariano, enquanto uma equipe da delegacia estava no hospital para apurar as informações, Pedro foi até a 132ª DP para registrar um boletim de ocorrência que comprovasse um possível álibi.
"O Pedro tentou prestar um depoimento, só que a história que ele contou foi que a mulher e ele estavam dormindo, e quando ele acordou a mulher estava dependurada e enforcada", o delegado conta.
Vítima chegou a ser socorrida, mas chegou ao hospital sem vida - Reprodução / Internet
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O titular conta também que durante o socorro da mulher, o pedreiro pediu ajuda para outra pessoa, que também foi chamada para prestar esclarecimentos. Durante o depoimento dela, a informação sobre o local em que a mulher foi encontrada divergia das declarações de Pedro.
"Ele disse que a mulher se enfornou em um determinado local da casa e uma testemunha com quem ele conversou durante o socorro alegou que o corpo estava em um outro lugar. A perícia constatou que diante das lesões que ela tinha, era impossível ela ter sido enforcada", alega. Legistas também constataram que a mulher foi esganada.
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Pedro está preso, mas nega todas as acusações.
"Alguém produziu a asfixia. Ele nega que matou a mulher, mas afirmamos que era inviável o suicídio e ambos estavam sozinhos na casa. Ele matou a mulher", afirmou o delegado. "Não encontramos semelhanças nas alegações dele. Iniciamos as diligências, confrontando as informações das testemunhas com as afirmações do autor e dos exames periciais. Chegamos à conclusão de que não seria um suicídio, que ele queria forjar. E sim um homicídio, após violência doméstica. Ou seja, feminicídio. Ele modificou todos os fatos tentando enganar as autoridades.
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* Estagiária sob a supervisão de Rai Aquino