Operação da Polícia Civil contra lavagem de dinheiro do tráfico na Cidade de Deus teve ao menos cinco mortos - Estefan Radovicz / Agência O Dia
Operação da Polícia Civil contra lavagem de dinheiro do tráfico na Cidade de Deus teve ao menos cinco mortosEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - As mortes por intervenção de agentes de segurança aumentaram 19,57% nos sete primeiros meses deste ano em comparação com o período do ano passado. Foram 1075 mortos. No mês de julho foram 194. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). A média é de mais de cinco pessoas mortas pela polícia por dia no Estado do Rio este ano.
O secretário estadual da Polícia Civil, o delegado Marcus Vinícius de Almeida Braga, afirmou, na manhã desta terça-feira, que o número de mortes provocados por policiais deve aumentar até dezembro. "É um numero que a tendência é subir até dezembro, porque as ações estão sendo feitas", Braga disse, em entrevista à TV Globo. "Conforme a gente vai trabalhando, as investigações, a inteligência, a integração com a Polícia Militar, a tendência é baixar", disse.
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O delegado afirmou também que o número das mortes ainda é "alto" e que "não é um número que a gente deseja".
Homicídio doloso tem queda
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Em julho deste ano, o indicador homicídio doloso apresentou o menor número de vítimas no estado desde agosto de 2015. Foram 309, uma redução de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, e de 6% em relação a junho de 2019.
No acumulado do ano, foram registradas 2.392 vítimas, o menor valor para o período de janeiro a julho desde 1991. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 23%, ou 709 mortes a menos no estado, quando comparado com o mesmo período de 2018.

O indicador letalidade violenta (homicídio doloso, roubo seguido de morte, lesão corporal seguida de morte e morte por intervenção de agente do Estado) teve diminuição de 7% em julho, quando comparado com o mesmo período do ano passado, e aumento de 6% em relação a junho de 2019. Já no acumulado do ano, foram registradas 3.566 mortes, uma redução de 14%, ou 578 vítimas a menos em comparação com o ano anterior.

Em julho deste ano, 10 pessoas foram vítimas de roubo seguido de morte (latrocínio) e no acumulado do ano, 77 (34 a menos do que no mesmo período do ano passado). Em 2019, o indicador registrou a menor soma para o período desde 2014. 

Apreensão de armas

Nos sete primeiros meses deste ano, as polícias Civil e Militar apreenderam 5.077 armas de fogo, ou seja, foram retiradas das ruas do estado, em média, 24 armas por dia. No mesmo período, foram apreendidos 349 fuzis – o maior registro de apreensão desse tipo de arma desde o início da série histórica, em 2007.

Roubos em queda

Comparação trimestral por Área IOs crimes contra o patrimônio também continuam atingindo resultados positivos este ano. Em julho, os roubos de veículos registraram queda de 9% em relação ao mesmo mês de 2018. No acumulado do ano, a diminuição foi de 22% (o menor valor para o período desde 2017). Já nos roubos de rua (roubo a transeunte, roubo em coletivo e roubo de aparelho celular), a redução foi de 8% em julho e, no acumulado do ano, de 3% em relação a 2018. Os roubos de carga caíram 5%, e, no acumulado do ano, o indicador registrou a menor soma desde 2016 – representando um recuo de 19% na comparação.
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Integrada de Segurança Pública (AISP)

Na comparação entre maio e julho de 2019 com o mesmo período de 2018, duas AISPs da Baixada Fluminense tiveram resultados importantes: AISP 15 (Duque de Caxias) apresentou o maior recuo em morte por intervenção de agente do Estado e a segunda maior redução em roubo de rua. A AISP 24 (Queimados e adjacências) teve a maior queda nos homicídios dolosos.

Na capital, a AISP 16 (Olaria e adjacências) registrou a maior redução nos roubos de carga e o município de São Gonçalo (AISP 7) apresentou a maior diminuição nos roubos de rua e de veículos.

Os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) são referentes aos Registros de Ocorrência (ROs) lavrados nas delegacias de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro durante o mês de julho.