Thiago André Marins de Marins era advogado e tinha 33 anos - Arquivo Pessoal
Thiago André Marins de Marins era advogado e tinha 33 anosArquivo Pessoal
Por Thuany Dossares
Rio - O advogado Thiago André Marins de Marins, de 33 anos, filho de Ismael Breve de Marins (DEM), 59, vereador de Maricá assassinado também na madrugada desta quinta-feira, foi atingido por pelo menos seis tiros. A informação foi dada pelo delegado Leonan Calderaro após a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) fazer a perícia no local do crime. Já o político foi alvejado por pelo menos três disparos, sendo um deles na cabeça.
"Os elementos de informação que obtivemos no local levam a crer, nesse primeiro momento, que se trata de execução", Calderaro afirmou. "Nesse primeiro momento está afastada a hipótese de roubo. Então, a gente trabalha com a hipótese de homicídio mesmo".
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Os assassinatos de pai e filho aconteceram por volta das 3h20 de hoje, dentro da casa deles, no bairro Zacarias, no município da Região Metropolitana do estado. Na residência, moram o vereador, a esposa e Thiago, que era o único filho de Ismael.
Ismael Breve e o filho - Arquivo Pessoal
VEREADOR BALEADO NO CORREDOR
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De acordo com testemunhas, eles foram mortos por dois homens que estavam encapuzados. Um deles tinha uma pistola calibre 9mm e outro um revólver 38. Os criminosos invadiram a casa arrombando a porta da cozinha e arrombaram também a porta do quarto de Thiago. Lá, ele foi executado.
O pai teria acordado para defender o filho e chegou a entrar em luta corporal com os bandidos. Ismael foi baleado no corredor de casa.
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"Encontramos a porta da cozinha arrombada, uma das vítimas caídas no corredor da residência e a segunda vítima caída em seu quarto", o delegado detalhou, dizendo que acredita que o alvo dos bandidos era Thiago. "Nesse momento, a gente acredita que sim (que o Thiago era o alvo), pela dinâmica, pelo fato de o quarto dele ter sido arrombado, o do pai não. Então, tudo leva a crer que ele seria sim o alvo dos executores".
A polícia investiga a hipótese de o vereador ter sido morto antes do filho.
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"Acredito que o pai da primeira vítima tenha acordado, tenha despertado. Nesse momento, ele saiu do interior do quarto dele, se deparou com os executores, e acabou sendo vitimado também", Calderaro detalha, apesar de não saber ao certo quem morreu primeiro.
O vereador em audiência na Câmara de Maricá, nesta quarta - Divulgação / Câmera de Vereadores de Maricá
POLÍCIA INVESTIGA MOTIVAÇÃO
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O delegado disse que, inicialmente, acredita que o alvo dos bandidos era Thiago. "Nesse momento, a gente acredita que sim (que o Thiago era o alvo), pela dinâmica, pelo fato de o quarto dele ter sido arrombado, o do pai não. Então, tudo leva a crer que ele seria sim o alvo dos executores".

Mas, a Polícia não descarta que o crime tenha motivação política. Em uma das frentes de investigação, a Polícia Civil apura se o assassinato do vereador Ismael Breve (DEM) e de seu filho Thiago André Marins, tem relação com a morte do dono do jornal O Maricá, Robson Ferreira Giorno, executado também em Maricá em maio deste ano.
Giorno pretendia ser candidato a prefeito nas eleições de 2020.
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No carro de Thiago, foi encontrada uma pistola calibre 380, que ele era registrada. O advogado já tinha passagem pela polícia por lesão corporal durante uma briga de trânsito.
"A casa não tinha sinais de crime contra o patrimônio, não tinha nada revidado. Tinha objeto de valor e nada foi levado pelos executores", contou o delegado.
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Ismael cumpria seu primeiro mandato como vereador. Ele foi eleito nas eleições de 2016 com 1.443 votos (1,95% do total de votos válidos). Já Thiago trabalhou na assessoria jurídica da prefeitura de 2017 até o ano passado. Ele era separado e deixa uma filha de 3 anos, que mora com a ex-mulher.