Sônia conseguiu encontrar o pai, sobrevivente de incêndio no Hospital Badim - Maria Luisa Melo / Agência O Dia
Sônia conseguiu encontrar o pai, sobrevivente de incêndio no Hospital BadimMaria Luisa Melo / Agência O Dia
Por MARIA LUISA MELO
Rio - Depois de receber a informação de que o Hospital Badim, no Maracanã, Zona Norte do Rio, havia sofrido incêndio, a funcionária pública Sonia Regina Pinto Maria começou, com sua família, uma verdadeira peregrinação para saber o paradeiro de seu pai, José Maria Filho, de 88 anos.
O idoso estava internado há cerca de uma semana com um quadro de pneumonia. Moradora de Queimados, na Baixada fluminense, ela conta que tinha acabado de chegar de uma visita.

"Eu saí da visita por volta de 17h30. Nunca ia imaginar que o hospital ia pegar fogo depois disso. Foi uma dor e um desespero muito grande. Quando soubemos do incêndio, meu filho foi procurando em vários hospitais. O nome do meu pai constava no Quinta D'or. Na hora foi um alívio, mas logo descobrimos que ele não estava lá. Então, desconfiamos que aquela listagem era de todos que estavam no CTI do Badim. Graças a Deus meu pai, um idoso, está vivo. Só posso acreditar que foram os anjos do Senhor", desabafou a funcionária pública.

Ela chegou na manha desta sexta-feira no Hospital Israelita Albert Sabin, para onde seu pai foi transferido. 
"Ele está aqui, passando por procedimentos. Ainda não consegui estar com ele. Estou ansiosa", completou. 
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Praticamente vizinha ao Hospital Dr. Badim, Rosangela Salvador, de 62 anos, correu para a porta da unidade onde sua mãe estava internada na noite de ontem, ao saber que um incêndio havia atingido o prédio. Só mais de quatro horas depois, teve informações de que a mãe havia sobrevivido.
Rosangela Salvador, de 62 anos, levou mais de quatro horas para descobrir que a mãe sobreviveu ao incêndio - Maria Luisa Melo / Agência O Dia
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"Foi uma aflição muito grande ate 22h30. Só por volta desse horário tiraram a minha mãe, que estava no CTI. Eu fiquei lá enquanto meu genro percorria os hospitais procurando por ela. São muitas pessoas em situação crítica e muitas informações desencontradas", lamentou.

"Quando tiraram a maca da minha mãe, vim atrás da ambulância. Não perdemos tempo. Estávamos desesperados porque bati na creche ela não estava. No Quinta D'or e em outros hospitais também não. Agora ela passa por uma avaliação medica. Estamos aguardando.", contou Rosangela.