Questionado sobre a sugestão de Laíla, diretor de Carnaval da União da Ilha, em apresentar apenas três alegorias, Castanheira afirmou que será analisada. “Pedimos para todas as escolas fazerem sugestões de formatos, essa é uma delas. O alinhamento será feito no plenário, na quarta. A diminuição do tempo de apresentações pode ser tanto pela redução no número de componentes como por redução de alegorias”.
Campeão em 2019, Leandro Vieira, carnavalesco da Mangueira e da Imperatriz, criticou a proposta e sugeriu que seja reduzido, então, o número de cabines de jurados. “Vai sobrar jurado para servir de fiscal do regulamento e faltar alegoria e componente para fazer o Carnaval que o povo celebra”, defendeu. No último sábado, Laíla também já tinha reprovado a redução do número de componentes. “Seria a extinção do Carnaval”, pontuou. “Ao longo do tempo, o formato é modernizado. As fantasias, hoje, já são dadas para os componentes, e custam caro para as escolas”, alegou Castanheira.
CARNAVAL ATRASADO
A reunião que aconteceria ontem, entre a Liesa e a Riotur, foi desmarcada pelo presidente do órgão, Marcelo Alves. “Tive um imprevisto médico”, justificou. Segundo o presidente da Liga, o prazo para o Carnaval 2020 está cada vez mais apertado. “Precisamos de definição de quem ficará responsável pelo Sambódromo, pelos contratos das agremiações através da Liga, para saber qual formato vamos tocar. Até agora não temos nada estabelecido. Nem mesmo recebemos o anúncio oficial da retirada dos subsídios municipais, soubemos pela imprensa”, afirmou ele.
DESFILE NA INTENDENTE
“Não sou contra o Carnaval. Os desfiles na Intendente são o verdadeiro Carnaval do povo”, defendeu Crivella, ontem. “As escolas da Intendente dependem exclusivamente da prefeitura. Já a Liesa tem receita de bilheteria, transmissão de TV, patrocínio, apoio do governo estadual, e não apenas os recursos municipais, que têm outras prioridades”, explicou o presidente da Riotur. Alves acrescentou que estruturas de iluminação, arquibancada e som da Intendente serão melhoradas.
“É sinal de que a base do Carnaval será fortalecida. Mas a prefeitura não pode esquecer e sufocar o desfile da Sapucaí, que gera a maior fonte de retorno”, emendou Castanheira. Reportagem da estagiária