Witzel quer implantar sistema que alerte moradores sobre operações sem chamar atenção de traficantes  - Reginaldo Pimenta
Witzel quer implantar sistema que alerte moradores sobre operações sem chamar atenção de traficantes Reginaldo Pimenta
Por Anderson Justino
Rio - O governador Wilson Witzel disse, nesta quinta-feira, que a polícia do Rio terá que adotar protocolo semelhante ao usado pelos ingleses durante os ataques nazistas na Segunda Guerra Mundial em operações. Segundo o chefe do executivo, o governo terá que elaborar um plano de segurança para alertar aos moradores das comunidades sobre possíveis ações da polícia sem que isso crie alarde nos traficantes.
O anúncio foi feito durante a inauguração do Centro de Controle e Monitoramento do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. 
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Júnior: mais velho de cinco irmãos - Arquivo Pessoal
Na terça-feira, um blindado da PM destruiu barracos na localidade conhecida como Brejo, na Cidade de Deus, e o pedreiro José Pio Baía Junior, de 45 anos, o Juninho, foi morto com um tiro durante operação da Polícia Militar na Vila Kennedy, ambas comunidades na Zona Oeste. 
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"Nós vamos criar um plano de segurança visando reduzir os danos para que a população saiba se comportar durante uma operação da polícia dentro da comunidade. Eu lembro que na Segunda Guerra Mundial se tocava uma sirene e todo mundo ia para debaixo da terra para se proteger do bombardeio nazista e assim a Inglaterra sobreviveu", disse o governador.
"Aqui, no Rio, a gente vai ter que adotar um protocolo semelhante, policiais nas escolas para proteger alunos e professores. Mas se nós não fizermos isso, muitas vítimas irão aparecer, muitas delas no próprio confronto dessas facções criminosas", explicou Witzel.
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Witzel garantiu que vai continuar combatendo a criminalidade no estado. "Temos duas bases criminosas no Rio, a milícia e o tráfico de drogas. A milícia atua nas ruas, no asfalto. Já o tráfico está dentro da comunidade. As pessoas não aguentam mais conviver com o crime organizado".
 
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'BBB' dos presídios
O Centro de Monitoramento e Controle do Complexo de Gericinó tem 1.800 câmeras Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia - Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
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Com um investimento de R$ 28 milhões do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), o sistema do Centro de Controle e Monitoramento do Complexo de Gericinó tem 1.800 câmeras de última geração, instaladas em pontos estratégicos. Haverá ainda monitoramento de longo alcance e com reconhecimento facial, além de um gerenciador de imagens com inteligência artificial e servidores de última geração para armazenamento dos dados.