Liderados pelo deputado Carlo Caiado (DEM) os parlamentares reforçaram o desejo de usar recursos da Lava Jato para acabar com o imbróglio. Na semana passada, Witzel havia cogitado essa possibilidade.
“A gente não vai ficar parado. Na próxima sexta-feira especialistas da PUC-Rio vão entregar um relatório com possíveis riscos e isso será avaliado pelo governador. Ele quer dar continuidade à essa obra, mas deixou claro que o governo não tem recurso para isso”, explicou Caiado.
Hasenclever colocou como positivo o encontro com o chefe do executivo. "Eu estava desanimado, mas depois dessa reunião as coisas mudaram. O encontro foi produtivo e temos a certeza de que as coisas podem acontecer. Vamos aguardar o prazo que foi dado para que as coisas possam ocorrer corretamente".
As obras da Estação Gávea, que custaram R$ 934 milhões aos cofres públicos do Estado, estão paradas desde 2015. Em janeiro do ano passado, por recomendação do consórcio, o local precisou ser inundado para afastar a eventualidade de riscos nas estruturas de prédios vizinhos.
Na semana passada o governador Wilson Witzel disse que aterraria o buraco por ele ainda oferecer riscos de acidente. O pronunciamento de governador causou revolta em moradores da Gávea e bairros vizinhos.
Apesar de não ter acesso ao projeto da obra o especialista em engenharia de transporte e professor da UFRJ Marcelino Coppe explica que: “é impossível descartar a possibilidade de uma perícia detalhada no local para que as obras sejam retomadas ou não. Fazendo algo ou não, alguém precisa assumir essa responsabilidade. É uma obra de volume e recurso muito alto”.